Primeira revelação de minha missão30 E ABRIL DE 1856 (Na casa do sr. Roustan, méd. srta. Japhet.) PRIMEIRA REVELAÇÃO DE MINHA MISSÃO. Eu seguia, há algum tempo, as sessões que tinham lugar na casa do Sr. Roustan, e ali começara a verificação de meu trabalho que deveria, mais tarde, formar O Livro dos Espíritos. Numa sessão íntima, à qual não assistiam senão sete ou oito pessoas, conversava-se sobre diferentes coisas, relativas aos acontecimentos que poderiam provocar uma transformação social, quando o médium, agarrando a cesta, escreveu espontaneamente o que se segue: "Quando o grande sino soar, vós o deixareis; somente aliviareis o vosso semelhante; individualmente, o magnetizareis, a fim de curá-lo. Depois, cada um preparado no seu posto, porque será necessário de tudo, uma vez que tudo será destruído, sobretudo por um instante. Não haverá mais religião, e dela será necessária uma, mais verdadeira, grande, bela e digna do Criador... Os seus primeiros fundamentos já estão colocados... Tu, Rivail, a tua missão aí está. (Livre, o cesta retornou para o meu lado, como o faria uma pessoa que quisesse me designar com o dedo.) A ti, Sr... a espada que não fere, mas que mata; contra tudo o que é, serás tu que virás primeiro. Ele, Rivail, virá em segundo: é o obreiro que reconstrói o que foi demolido." Nota. Esta foi a primeira revelação positiva sobre a minha missão, e confesso que, quando vi a cesta se dirigir bruscamente para mim, e me designar nominalmente, não pude me defender de uma certa emoção. O Sr. M..., que assistia a essa reunião, era um jovem homem de opiniões as mais radicais, comprometido nos assuntos políticos, e que era obrigado a não se colocar muito em evidência. Crendo num transtorno próximo, se preparava para nele tomar parte, e combinava os seus planos de reforma; era, de resto, um homem agradável e inofensivo. |