I Parte – A Profissão de Fé


GENTILE DA FABRIANO (1423), A adoração dos Magos, Galeria Uffizi, Florença

 

Esta esplêndida obra-prima da Adoração dos Magos (cf. Mt 2,1-12) representa a revelação de Jesus a todos os povos. A encarnação é um dom não somente à fé de Maria, de José, das mulheres, dos pastores, da gente simples do povo de Israel, mas também à fé desses estrangeiros vindos do Oriente para adorar o recém-nascido Messias e apresentar-lhe os seus dons: "Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra" (Mt 2,11).

Os magos constituem as primícias dos povos chamados à fé, que se aproximaram de Jesus com as mãos vazias, mas com as riquezas das suas terras e das suas culturas.

O Evangelho de Jesus é palavra salvífica para toda a humanidade. Dizia São Leão Magno: "Todos os povos, representados pêlos três magos, adorem o Criador do universo, e Deus seja conhecido não só na Igreja, mas em toda a terra, para que em todo Israel seja grande o seu nome (cf. SI 75,2)" (Sermão 3 para a Epifania).

Esta primeira parte do Compêndio ilustra o encontro entre Deus e o homem e a resposta de fé que a Igreja, em nome de todos os homens, dá ao dom da encarnação redentora do Filho de Deus e da sua divina revelação.