DOUTRINA ESPÍRITA OU ESPIRITISMO

O que é Espiritismo

O que revela

Qual a sua abrangência

O que o Espiritismo ensina (pontos fundamentais):

Prática Espírita

"Nascer, morrer, renascer, ainda,
e progredir sempre, tal é a lei."

"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".

"Fora da caridade não há salvação".

O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.

 

O Livro dos Espíritos - cap. III, questões 154 a 156

Separação entre a alma e o corpo

A separação entre a alma e corpo é dolorosa?
"Não. O corpo muitas vezes sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que por vezes se provam no momento da morte são, ao mesmo tempo, um prazer para o Espírito, que vê chegar o final de seu exílio."
Na morte natural, que acontece pelo esgotamento da vitalidade dos órgãos devido à idade, o homem deixa a vida sem o perceber; é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.
Como se opera a separação entre a alma e corpo?

"Desligando-se os laços que a retém, ela se desprende."
A separação opera-se instantaneamente e por uma brusca transição? Há uma linha demarcatória entre a vida e a morte?
"Não, a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que, subitamente, se liberta. Os dois estados se tocam e se confundem, de forma que o Espírito se desprende gradualmente de seus laços, soltando-se, não rompendo-se."

Durante a vida, o Espírito liga-se ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é somente a destruição do corpo e não a desse envoltório, que dele se separa quando cessa a vida orgânica. A observação prova que, no instante da morte, o desprendimento do Espírito não se completa subitamente; antes, opera-se gradualmente e com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para alguns, é muito rápido e podemos dizer que o momento da morte é também o da libertação. Mas em outros, sobretudo naqueles cuja vida tenha sido toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado e perdura por vários dias, semanas e mesmo meses, o que não quer dizer que haja, no corpo, alguma vitalidade, nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre em razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É racional admitir que, com efeito, quanto mais o Espírito está identificado com a matéria, mais sofrerá para dela separar-se. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, e a elevação dos pensamentos, operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corporal e, quando chega a morte, é quase instantânea.
Este é o resultado dos estudos feitos sobre todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam, novamente, que a afinidade que em certos indivíduos, persiste entre a alma e o corpo é, às vezes muito penosa, porque o Espírito pode provar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e particular a certos gêneros de morte, apresentando-se em alguns suicídios.
A separação definitiva da alma e do corpo pode ser verificada antes da cessação completa da vida orgânica?
"Na agonia, por vezes, a alma já deixou o corpo, que tem apenas a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo e não obstante resta-lhe ainda, um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração faz mover; ele se mantém enquanto o coração fizer circular o sangue nas veias e para tal não tem necessidade da alma."