Mórmons e a Doutrina

Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias: este é o nome oficial da Igreja dos mórmons que foi fundada por Joseph Smith (1805-1844) nos Estados Unidos. Dizem que a Smith teria aparecido um anjo chamado Moroni para anunciar-lhe que tinha sido escolhido por Deus para revelar ao mundo a verdadeira religião. Orientado pelo anjo, Smith teria encontrado uma série de tábuas de ouro sepultadas 1400 anos antes numa gruta de Cumurah, no Estado de New York, esculpidas pelo profeta Mórmon.

Nelas, além dos ensinamentos de Jesus, estava narrada a verdadeira história do povo americano. Conforme essas tábuas, os primeiros habitantes brancos teriam chegado à América do Norte não somente antes de Colombo, mas até antes do nascimento de Jesus Cristo. Tratar-se-ia de duas tribos israelitas, os nefitas e os lamanitas, que teriam vindo pouco antes que Jerusalém caísse sob os golpes de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Um dos reis desse povo, Mórmon, teria deixado essa história gravada sobre duas placas de ouro que estavam entre aquelas que foram encontradas e traduzidas por Smith.

O conteúdo dessas tábuas encontra-se no livro que é fundamental para essa religião, The book of mormons (O livro dos mórmons), publicado em 1830. Depois da publicação, um anjo levou as tábuas que nunca mais foram vistas. O livro narra a visita que Jesus Cristo teria feito, após a ressurreição, justamente à porção de seu rebanho que se encontrava na América do Norte e os ensinamentos que ele teria deixado a essas pessoas.

Missionários mórmons

No início, essa religião enfrentou muitos obstáculos e perseguições por causa das incompreensões que suscitou na sociedade americana, como, por exemplo, por causa da poligamia que Smith permitiu a seus adeptos. Para fugir a essas perseguições, o líder e sua comunidade atravessaram quase toda a América, chegando até o vale do Grande Lago Salgado, no estado de Utah. Ali nasceu a cidade que hoje é a capital do Estado e o centro da religião mórmon: Salt Lake City.

A doutrina

Para os mórmons, Deus tem corpo e é casado, e tanto ele como os homens estão em constante evolução. Deus está sempre à frente dos homens. Se o homem chegar ao ponto onde Deus está, merece ser chamado de Deus. Jesus Cristo é o salvador e mediador entre os homens e Deus.

Só a doutrina dos mórmons salva e essa salvação pode acontecer mesmo depois da morte, pelo batismo póstumo, isto é, um batismo ministrado por uma suposta procuração dada pelos defuntos aos seus descendentes. Assim, quem nesta vida não pôde conhecer a doutrina da revelação dos mórmons, poderá ser salvo pelo batismo que lhe for ministrado, quando já se encontra na outra vida, por um de seus descendentes ainda vivo. Mas é preciso ter certeza de que quem batiza é um verdadeiro descendente. Por isso, em Salt Lake City, a meca dos mórmons, existe o maior arquivo genealógico do mundo, inteiramente microfilmado, onde o parentesco é meticulosamente examinado em tabelas genealógicas. Há um banco de dados com mais de 2 bilhões de nomes, dos quais 800 mil já são informatizados. Desse jeito, foram batizados post mortem até personagens famosos, como papas, Elvis Presley e Shakespeare.

Na ceia, comemora-se a redenção feita por Cristo, mas Cristo não está presente. Nessa comemoração são utilizados pão comum e água, pois os mórmons são contra o uso do álcool.

Eles admitiam a poligamia, chamada de “matrimônio celeste”, permitida por motivos especiais, como, por exemplo, para proteger mulheres viúvas depois das guerras. Por causa dessa prática, tiveram dificuldades com o governo dos Estados Unidos e acabaram aceitando, em 1890, as disposições da autoridade civil americana que a proíbe.

O homem é uma união de espírito pré-existente e corpo terrestre e essa união representa um progresso, pois o corpo é, para eles, superior ao espírito.

O adultério é o pecado mais abominável e não são admitidas relações sexuais antes do casamento.

O dízimo é obrigatório: 10% do salário anual deve ser pago à Igreja. Essa quantia, que às vezes chega até a 15%, é calculada sobre o que uma pessoa ganha realmente.

A comunidade mórmon orienta seus fiéis tanto no plano espiritual como no material, prescrevendo até o que se pode e não se pode comer.

Concentrados especialmente no Estado de Utah, onde formam a grande maioria da população, e porque são sóbrios, trabalhadores e muito organizados, transformaram o que era praticamente um deserto numa região fértil e produtiva.

Fonte: www.pime.org

MÓRMONS

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é uma comunidade religiosa surgida no século XIX, de fundamentação cristã, com características restauracionistas e cujos membros são conhecidos popularmente como mórmons. O nome oficial da igreja se refere a Jesus Cristo como seu líder e a conversão dos fiéis, ou santos, à igreja, na última dispensação - de onde surge a referência aos últimos dias. O termo mórmon, geralmente usado para referir-se aos membros dessa igreja, deriva do nome do profeta Mórmon, que é um dos autores e compiladores das escrituras que formaram O Livro de Mórmon, Outro Testamento de Jesus Cristo. Apesar de os termos mórmon e mormonismo serem aceitos pela própria igreja, a denominação oficial recomendada para os fiéis é santos dos últimos dias, ou o acrônimo em português "SUD" e em inglês LDS (Latter-day Saints).

A sua sede fica situada no estado de Utah (o qual foi fundado pelo povo mórmon), nos Estados Unidos da América, na cidade de Salt Lake City. Está presente em mais de 160 países e hoje possui mais de 12 milhões de seguidores, dos quais mais de metade estão fora dos EUA (dados oficiais de Junho de 2004). A igreja mantém registros cuidadosos de seus membros, incluindo informações sobre a sua árvore genealógica; estas informações são importantes devido à crença na possibilidade da salvação dos antepassados, através do batismo vicário feito pelos seus descendentes.