O que vem a ser o Psicodiagnóstico?
Psicodiagnóstico é um procedimento adotado, a partir de uma solicitação ao
psicólogo, para esclarecer determinada dúvida a respeito de um cliente.
Consiste em uma série de entrevistas e aplicação de testes específicos para confirmar ou refutar
hipóteses levantadas ao longo das entrevistas.
De quem vem este pedido?
Pode vir tanto de um neurologista, querendo uma confirmação de uma lesão
neurológica – ou de sua inexistência - , quanto de um fonoaudiólogo, de uma
professora (querendo entender uma dificuldade de aprendizagem), de um médico
especialista, quanto de um juiz... É uma função exclusiva do psicólogo.
O diagnóstico é para sempre?
À luz do existencialismo, acreditamos que o homem está sempre em processo de
autoconstrução. Assim, o psicodiagnóstico esclarece o profissional acerca das
possibilidades e necessidades daquele cliente, até para que ele escolha as
melhores técnicas de intervenção, ou ainda, as possíveis. Mesmo em um caso
de lesão, o indivíduo pode ser estimulado e conseguir progressos,
proporcionais as suas possibilidades, desde que estas sejam conhecidas.
Portanto, nenhum laudo é para sempre. A relação do indivíduo com o mundo
altera bastante seu desempenho nele.
Mas quando devo encaminhar alguém para psicodiagnóstico?
Nunca por curiosidade como, por exemplo, saber qual o QI do indivíduo.
Sempre que surgir uma dificuldade em chegar a um diagnóstico médico:
quando toda a medicação já foi prescrita e não funcionou. Ou quando nada há
que justifique um comportamento bizarro ou compulsivo... Ou ainda por
dificuldades de aprendizagem.
E o que se faz com o diagnóstico?
Como é o processo de psicodiagnóstico?
Sendo um cliente adulto , faz-se inicialmente uma entrevista individual onde se
pesquisam os motivos que o levaram a pedir um psicodiagnóstico. Investiga-se o
histórico do sujeito e suas relações no mundo. Se tudo tiver claro na
primeira entrevista, já na segunda se pode começar a testagem. Caso seja
psicodiagnóstico infantil, a primeira sessão será preferencialmente com os
dois pais, ou pelo menos, com o responsável com quem mora a criança. A
segunda será uma sessão livre e na 3a., em geral, se começa a testagem, a
partir de hipóteses levantadas a partir das duas primeiras entrevistas. Após o
final da testagem (em média 10 sessões), o psicólogo redige uma síntese
diagnóstica e a apresenta ao cliente e ao responsável (em caso de menor de
idade).