CAPÍTULO 02
Ainda sobre o Registro Akashico
Nenhum ato humano é livre de conseqüências,
nenhum pensamento de baixa vibração é neutro de reações e nenhuma palavra
proferida atravessa o espaço sem atingir seu alvo.
Portanto, devereis reconhecer que aquilo que plantaram estão colhendo
e colherão ainda os mais amargos frutos dos preconceitos, apegos e intolerâncias
exagerados.
Elsim
Intraterreno de Stelta
01. O Guardião do Tempo
Encontrava-me sozinha e solta no ar, como um astronauta em exercício,
quando surgiu a minha frente um Ser, que foi logo me perguntando:
– Quem vem lá?
Respondi com outra pergunta: - Quem sois vós?
– Sou o Guardião do Tempo.
O que desejais?
– Acho que me encaminho na direção
do espaço onde se encontram os Registros Akashicos.
(A essa altura, estava completamente desorientada, sem ver ninguém a minha
volta que indicasse o caminho.)
– A quem servis?
– Ao Mestre Ramatis. O senhor esqueceu-se? Já estivemos aqui antes.
– O interlocutor era outro.
Queria tê-la conhecido pessoalmente.
– Muito prazer, senhor. Posso
saber seu nome?
– Arcotron.
– Tenho autorização para prosseguir?
– Saiba que somente os
dados previamente selecionados poderão ser retirados e sem nenhuma modificação.
Caso contrário, graves conseqüências abater-se-ão
sobre vós.
Sou aquele designado pelo Pai para guardar o Tempo e somente aqueles
credenciados por Ele ou Seus Prepostos estão em condições de adentrar este
espaço. Portanto, tenhais cuidado.
– Obrigada, senhor.
Após esse diálogo, Arcotron se afastou.
Então, emiti um pensamento a
Ysh-Wam, pois sabia que, embora invisível aos meus olhos, ele estava
presente.
Perguntei-lhe:
– Por que não aparecestes
diante do Guardião? E ele respondeu:
– Menina, fazeis muitas perguntas
desnecessárias. Sigamos.
E a busca ao passado continuou.
Chegamos novamente ao local da semana anterior. Ysh-Wam estava bem próximo, mas não se materializou na
dimensão em que eu me encontrava.
Não posso vê-lo, mas sinto-o presente. Ele manteve contato mental
durante todo o tempo em que lá estivemos. Não me sentia só um minuto sequer.
02. A Grande Gênese Universal
Abriu-se uma porta e em frente surgiu uma escada de luz, envolta numa
névoa branca. Escada longa, de muitos degraus. Comecei a subir e lá em cima encontrei
outra porta fechada. Do lado direito havia uma lâmpada, semelhante a sirene de
carro patrulha, que dava sinal vermelho, enquanto o verde ficava apagado. Um
instrutor orientou-me que colocasse a mão sobre uma depressão ao lado da sirene
e logo a vermelha apagou-se, a verde acendeu e a porta abriu-se. Entrei e
descortinei um lugar sem portas e sem paredes.
Ao adentrar esse espaço, parecia me deslocar em meio a um plasma,
ou coisa semelhante. O deslocamento era fácil e o corpo deslizava sem encontrar
resistência, pois a gravidade estava controlada pela estranha substância, que
sem cor e cheiro, tinha uma consistência que lembrava gelatina. Havia um “poof” em forma de gota servindo de confortável cadeira. Sob
a cadeira, notei que havia vários trilhos, que corriam paralelos.
Após, ouvi a seguinte comunicação:
– Engana-se a humanidade quando
pensa que as civilizações transitórias que se sucedem no plano físico, destinam-se
somente ao capricho da sorte, ou da miscigenação das raças para povoar o
planeta.
Cada grupamento humano desenvolvido na superfície de vosso orbe, representa
um estágio do desenvolvimento de vossa humanidade, como as fases do desenvolvimento
embrionário de um novo ser. Só que, nesse caso, o embrião em formação é um ente
coletivo formado pela reunião de muitos povos e destina-se ao progresso das
criaturas.
Assim como a mãe gestante necessita realizar periodicamente exames
de acompanhamento do desenvolvimento do seu filho, também o desenvolvimento de
vossa humanidade é submetido periodicamente à “avaliação de seu corpo”.
De nossa parte, afirmamos que existem duas formas de renascimento
da humanidade: uma efetua-se pelo amor, a outra através da dor.
Vimos alertando-vos constantemente quanto às duas maneiras de despertarem;
porém, muitos ensandecidos são arrastados pela turba enfurecida pelas paixões,
sem terem consciência que estão a caminho do seu renascer.
Quando acordarem, já em outro mundo, não mais poderão retornar ao
ventre da mãe Terra. Desterrados, sofrerão as conseqüências
de sua deliberada ignorância e duras penas enfrentarão. Outros, ao despertarem,
reconhecerão o colo da Mãe Terra refeita em luz, e nele se aconchegarão num
encontro feliz.
Dentre estes, alguns despertarão na ilusão de que se encontram na
mesma Terra. Porém, iludidos por si mesmos, permanecerão no cumprimento das tarefas
negligenciadas e menosprezadas no passado. Todavia, aqueles que se libertaram
do “cordão umbilical da Terra” voltarão às suas “mães planetárias” (planetas de origem) onde já crescidos,
prosseguirão em direção à Luz Maior.
E assim, todas as células que compõem o corpo embrionário de vossa
humanidade haverão de encontrar o destino apropriado que escolheram, na grande
Gênese Universal.
Rampa
03. A “cadeira”, mecanismo de pesquisa nos
Registros Akashicos
Vi novamente a cadeira, porém agora mais detalhada. Parece que estou
no local onde estão gravados os Registros Akashicos.
É como se esse local fosse o “cérebro do nosso Universo”, região de arquivo da
memória planetária.
Há vários gomos que lembram as circunvoluções cerebrais e há também
os espaços entre um e outro gomo.
A cadeira corre sobre os trilhos e é movida pela força mental de quem
nela se senta.
Sentei-me e, guiada pelo meu pensamento, a cadeira deslocou-se sobre
os trilhos, conduzindo-me dentro de um certo espaço. Ao elevar minha mão e tocar
num ponto, uma “janela” se abriu e imagens ali passavam, como numa tela de TV.
A cada pensamento que surgia nova corrida sobre os trilhos e novos episódios podiam
ser acessados.
Quando nosso cérebro pensa em um acontecimento, data ou pessoa, automaticamente,
a cadeira se desloca em direção ao ponto onde aquele conjunto de informações
está armazenado. Então, a pessoa estende a mão e toca no espaço correspondente.
Nesse momento, abre-se um telão, como se tivesse sido ligado um aparelho na
tomada, e as imagens começam a passar, apresentando o acontecimento em questão.
Vi também uma companheira do GESH do
outro lado do cérebro. Eu estava no “hemisfério direito” e ela no “esquerdo”.
Entre nós, dividindo o “cérebro do Universo” havia uma parede de vidro que
isolava uma da outra.
Dei tchauzinho para ela, ela sorriu e
meneou a cabeça numa saudação e sua cadeira correu para um lado, enquanto a
minha corria para o outro.
04. Registro Akashico,
o cérebro do Universo
Em seguida, alguém falou:
As informações são dessa forma acessadas, desde o início da preparação
para este trabalho. Os dados assim adquiridos foram registrados em vossas
mentes e quando o Grupo se reúne para a concentração, estabelecem-se as condições
de acesso ao conteúdo armazenado na mente.
A equipe que trabalha conosco atua auxiliando para elevação das vibrações
mentais, de maneira que o local exato seja acessado e a seqüência
correta dos fatos seja interpretada sem distorções.
– O livro já foi todo
acessado e armazenado?
– Não. Toda noite ainda vos
deslocais em incursões para tal fim.
– O ataque das trevas que
sofri na cabeça afetou algum dos dados armazenados?
– Não, nada foi danificado,
pois o ferimento foi superficial, atingindo somente vosso corpo astral.
Houve intenção de interferir no trabalho, mas o desconhecimento da
técnica utilizada impediu que tivessem sucesso. A proteção com que sois agraciados
jamais permitiria que tais lesões fossem mais profundas do que consentiria seu karma.
O armazenamento ocorre no corpo mental superior. Por isso a necessidade
do trabalho dos irmãos Mahyr e Ysh-Wam
em “descer” o conteúdo até o físico, com o mínimo possível de distorções.
– O trabalho tem sido realizado
com muita dificuldade de minha parte, sinto muita insegurança. Estou trabalhando
direitinho?
– Sim, irmã. Tudo dentro do
previsto, pois já conhecemos até os mais íntimos pensamentos vossos. Nada há
que possa interromper a marcha determinada dos Irmãos Maiores em cumprir os desígnios
do Pai.
Perseverança e amor é a parte que vos cabe.
Conde
Rochester
– O senhor está diferente.
Sua vibração está mais leve, e parece mais distante, embora sinta mais forte e
intensa sua presença (Comenta o canal).
– Sim, o trabalho eleva as criaturas
e quando estamos fora da matéria, a diferença entre o novo e o velho torna-se
mais evidente a cada novo estágio.
05. Indo em busca do
Registro Akashico
Muitos pensamentos invadem minha mente. São preocupações do dia-a-dia
vindo à tona como se fosse uma enxurrada. Noto que há trabalhadores cuidando de
nossos corpos.
Vejo uma equipe médica. Sinto agulhadas pelo corpo e pílulas minúsculas
são colocadas sob minha língua. Parece que com essa medicação pensamentos
indesejáveis afloram e eu não queria pensar em coisas passadas durante a
semana, contudo, era mais forte do que minha vontade; então chega um Irmão e
recolhe aqueles pensamentos numa espécie de lençol branco e diz:
– Quanta coisa inútil,
minha filha? Não sabe que Deus tudo proverá?
Depois me vi diante de uma porta branca e ela se abriu. Vi uma escada
e comecei a subi-la...
O Irmão me diz que posso mentalizar esse percurso sempre que quiser
me concentrar e levou-me a vários pontos distintos dos Registros Akashicos, mas todos se relacionavam com guerras. Vi vários
povos, em épocas distintas, guerreando-se sempre em conflitos sangrentos e
muito violentos.
As cenas a partir de certo instante concentram-se na época atual e
mostram o mundo inteiro como se encontra no momnento.
Em seguida, Mahyr querendo esclarecer o
motivo pelo qual fomos convocadas, como trabalhadoras da Luz de ultima hora, originando-se daí nossas dificuldades, como a
nos pedir desculpas falou o seguinte:
06. Mantemos sempre
a luz acesa
À medida em que aqueles por nós preparados vão desviando-se de sua
rota pré-estabelecida no espaço antes do reencarne, também nós, paulatinamente,
vamos retirando a carga integral de energias. Todavia, mantendo sempre a luz
acesa, na esperança do despertamento e retorno dos trabalhadores às lides do
bem.
Entretanto, na maioria dos casos, um desvirtuamento inicial é gerador
de desequilíbrios quase sempre definitivos, sendo muito difícil ao homem atual
que envereda pelos caminhos da ilusão material, despertar retornando espontaneamente
para seu eixo principal.
Jamais os abandonamos. Eles sim, abandonam a nós, seus irmãos. E muitos
são irmãos de raças originárias do mesmo planeta. Sim, porque todos aqueles
destinados a enfrentarem a Caravana de Trabalhadores da Luz nesta hora planetária,
são decaídos de outros orbes, que receberam na Terra nova chance para sua
redenção.
Desertores no passado, uma vez mais incorrem no mesmo erro da deserção.
Ontem, foram motivados pela rebeldia insensata; hoje, criaturas que já haviam
se libertado dos instintos, voluntariamente se aprisionam, por viverem impregnados
da insanidade animal que é muito forte e dominadora.
No presente demoram-se a despertar e a hora de seus pesadelos aproxima-se.
São como cegos caminhando em direção ao abismo.
Muito dos nossos pensamentos e ensinamentos já poderiam estar circulando
no meio de vossa humanidade; porém, com tais procedimentos dos desertores,
aqueles que reencarnaram para transmiti-los aos povos, ainda jazem adormecidos.
No passado, as tentativas para transmissão de conhecimentos centraram-se
em personalidades individualizadas. Grandes Instrutores Espirituais vieram ao
mundo em diferentes épocas e países. No projeto que delegou ao Brasil uma nova
tentativa de ação no bem, a técnica utilizada procurou espalhar por todo
território brasileiro inúmeras criaturas treinadas para as elevadas tarefas. Os
Técnicos Siderais passaram a investir nos Grupos.
Muitos predestinados ao trabalho, foram chamados e elucidados, mas
udo em vão. Mais uma vez a ilusão entorpeceu suas
mentes deixando-os aprisionados entre dois mundos e inconclusa sua tarefa. (Assim aconteceu com o
nosso GESJ)