CAPÍTULO 02
Em priscas eras

As experiências vividas na carne são aquelas necessárias a evolução do próprio ser.

As escolhas durante a jornada terrena, avaliadas na Balança Divina, determinam o grau evolutivo de cada ser.

Elsim
Intra de Stelta

01. Almas milenares encarnam em corpos primitivos

Mahyr me pega pela mão e saímos. Parece que transpomos um portal. Ouço e escrevo.

Em priscas eras, o homem do futuro era um arremedo, um ser ainda grotesco, peludo, caminhando sobre a superfície pedregosa, quente e escaldante da Terra de então. Percorre, atemorizado e sem rumo certo, gigantescos paredões.

Assusta-se ao menor som, porque até mesmo o assobio de uma ave é uma grande ameaça, pois elas são muito grandes e sempre prontas a saciar sua fome e de seus filhotes.

Bolas de fogo circulam nos céus durante muitas noites, e como ele não entende o que se passa, teme por desconhecê-las. São naves supervisoras que visitam constantemente o planeta em formação.

Segue o planeta em transformação ruidosa, seguem os seres vivos em transformações primorosas.

Terra, abençoada, “escola universal”, laboratório de muitas almas de diferentes origens siderais. Celeiro Divino, berço de sublimes transformações para espíritos delinqüentes.

O homem descobre o fogo e nos longos períodos de hibernações já se aquece. Dá os primeiros saltos de inteligência.

Sofregamente, percorre a senda germinativa da evolução.

Corpos primitivos, encarnando almas milenares. É o socorro divino àqueles que não souberam valorizar a bênção da inteligência em seu mundo de origem.

Gigantescos animais concorrem com o homem, na busca do alimento para sobrevivência. Busca difícil e perigosa.

As bolas de fogo são avistadas nas noites estreladas. São os Olhos de Deus que a tudo observa na Terra.

O homem progride lentamente.

Desce à Terra, plêiade de Seres Superiores, para trazerem novos planos de impulso progressista ao orbe recém-criado.

O homem começa a falar. Ao seu modo primitivo, busca a ivindade. Perde-se confuso entre o material e o irreal. Cansado, tomba. Somente consegue cultuar aquilo que é concreto, palpável, matéria.

A Plêiade Superior se manifesta e dessa manifestação surgem os “deuses”.

O ser humano sofre novas transformações em seu físico. Torna-se ereto, fala com mais clareza. Distancia-se do animal e sai das cavernas, construindo grotescas casas.

02. Forjam-se as bases da consciência humana

No cenário desolador, entre feras e fogo, forjam-se as bases da consciência humana.

No astral, conectam-se as primeiras lembranças que impressionam o cérebro com as informações do antigo homem, habitante de outro mundo. Mesmo sem saberem, inicia-se o despertar de um novo ser.

Durante milênios, dedicaram-se os Técnicos Siderais em fazer chegar àqueles cérebros em formação, as impressões que lhes caracterizavam como humanos. Impressões essas, perdidas no lodaçal dos sentimentos inferiores, dos ódios profundos e das perversões, as mais diversas possíveis.

O trabalho de reconstrução daqueles espíritos é lento.

Encarnação após encarnação, cada criatura vai depurando suas células físicas através da drenagem dos instintos primitivos dos seus espíritos beligerantes.

Muitos, forçados pela dor, despem-se em primeiro lugar da vestimenta primária (de macaco), cedendo espaço ao novo corpo em construção (homem).

Seguem reencarnando, em verdadeiras caravanas de resgate coletivo. São mergulhados na carne, com o propósito de mesclarem o material genético modificado àquele ainda em estado natural.

Delineiam-se as matrizes das diversas raças que habitarão a Terra, e os caracteres físicos e espirituais de futuros povos.

Em pontos diferentes do planeta, o trabalho de colonização da Terra é acompanhado por habilidosos Instrutores e supervisionado pelo Irmão Maior, Jesus.

Algumas consciências que despertam entram em profunda confusão de arrependimento, pela resistência às Forças do Bem. Reconhecem antigos amigos que lhes aparecem em meio às lides cotidianas.

Também as aparições e contatos forçados impressionam-lhes o cérebro em formação. Muitos despertam. (Aqui, o irmão refere-se aos companheiros mais evoluídos de outros orbes que vieram em serviço, acompanhando seus irmãos degredados.)

Civilizações são originadas pelo convívio daqueles que, compreendendo sua condição, não lutam contra ela, mas, mesmo em meio ao sofrimento atroz que lhes corrói a consciência, procuram reunir forças para avançar e são inspirados pelo Alto a aplicar antigos conhecimentos no preparo de instrumentos e utensílios de subsistência.

Outro grupo, resistente e feroz, delonga-se no deserto estéril dos instintos subumanos, guerreando uns contra os outros.

Os do primeiro grupo começam a recuperar o sentido do amor perdido no passado. Os outros, rebeldes, teimam em extravasar apenas os ódios inutilmente acumulados por milênios.

Os primeiros estabelecem para si um círculo de roda cármica baseado no esforço de progresso. Os outros acumulam em seus campos magnéticos as manchas pesadas que lhes atrofiaram a caminhada em direção à evolução.

Aderem, a si, forte carma migratório.

Entre um grupo e outro, existem seres divididos em pequenos grupos que se desenvolvem e são atraídos, ora por uma força, ora por outra. São os pólos energéticos primordiais, gerados pela atividade mental das consciências encarnadas.

03. A história se repete

Vejo um grupo de seres de formas grotescas. Alguns têm pernas de porco e corpo de touro. Outros têm pernas de bode e corpo de homem; andam de quatro. Há um grupo de touros com corpo humano.

São violentos entre si, comem uns aos outros. Não há qualquer traço de humanidade neles.

Um outro grupo, também em forma de animal, recebe um tipo de radiação e perdem essa forma e parte dos pelos do corpo. Eles se sentem como despidos.

Essa queda de pelos mudou muita coisa para eles, que agora parecem lembrar.

Reúnem-se em comunidades, em busca de proteção e calor. Trocam olhares cúmplices, que parecem o início de uma comunicação superior.

Já se compreendem e começam a utilizar as mãos no preparo de armas de defesa e utensílios que melhoram a vida, facilitando sua sobrevivência.

Avançam em grandes caravanas, em grupos. Quando são atacados, correm em busca de abrigo. Parecem guiados pelo Alto em busca de um lugar para se instalarem, um lugar onde formarão o polo positivo. Os que ficam formam o polo negativo.

Vejo a Terra como um único continente, sendo separado por uma grande rachadura. Começam a separar-se as placas do continente original. Isso aconteceu depois que essa caravana atravessou uma linha imaginária determinada no solo.

Um grupo se desenvolveu sob a influência astral da paz e o outro, da belicosidade.

Pequenos fragmentos da história dos dois povos que tiveram na Terra o berço para o desenvolvimento e depuração de sua rebeldia.

Houve intenso esforço e foram utilizadas as habilidades dos Engenheiros Espaciais para moldar-lhes a tessitura astral em novos corpos nos quais pudessem acordar e progredir.

Um milênio se passaria até que se conseguisse depurar a engrenagem genética dos corpos humanos.

O mesmo ocorrerá por ocasião da higienização da Terra, em breve.

Vereis novamente renascer do ponto mais primitivo a colonização de um novo planeta por seres revoltosos que se recusaram a aceitar a ordem maior do progresso.

04. Segue a vida na terra

Nas eras primitivas, grupos de seres decaídos de vários planetas juntaram-se aos terráqueos através da reencarnação, após um período de adaptação no plano astral da Terra.

Aqui aportaram. Uns, medrosos, outros, revoltados e muitos, inconscientes. Toda essa leva era conduzida por um Ser Superior, responsável pelo contingente. Foram aceitos e recebidos por Jesus, que os concitava à renovação e ao trabalho redentor, ao tempo em que dariam novos impulsos ao desenvolvimento dos terrícolas, nativos do planeta.

Esse processo acontecia em intervalos determinados por Hierarquias Superiores, que supervisionavam o evoluir da vida no novo planeta.

Nasce a primeira leva de espíritos decaídos.

Muitos não conseguem nascer. Aberrações, abortos. Retornam a novo condicionamento à psicosfera do planeta, que os acolhe mansa e amorosamente.

Aqueles que conseguem sobreviver reencarnam como primitivos homens e iniciam nova era de progresso.

Descobrem o fogo. Seus corpos se modificam. Balbuciam as primeiras palavras. Buscam a Divindade. Os seres humanos na Terra, sob o novo impulso dos decaídos, avançam na escalada evolutiva, contudo ainda lutam pela sobrevivência.

As rivalidades entre as tribos se acentuam. Os Condutores Superiores estimulam a união e a convivência pacífica.

Na Terra, sob o manto da carne, os degredados preferem o caminho do domínio e do poder. Mesmo em corpos rústicos, primitivos, os espíritos decaídos poderiam ter seguido novos caminhos.

Caminhos transformadores. Mas o instinto inferior que lhes provocou a queda foi mais forte que a boa vontade de progresso, provocando novas quedas e maiores comprometimentos perante a Divindade.

A cada intervalo entre uma vida material e outra, são chamados pelos amorosos Instrutores, para que busquem concentrar-se no objetivo maior da mudança planetária. Lembram-lhes dos planetas de onde vieram e as chances de retorno para seus mundos felizes.

Eles, cheios de esperanças novas e promessas renovadoras, descem para novo recomeço na carne.

Poucos conseguem cumprir os projetos que fizeram de felicidade futura.

Raros regressam ao planeta feliz que deixaram para trás, naquela ase primitiva da Terra.

Alguns milhares daqueles espíritos saudosos e tristes sofrem ainda hoje, nesses tempos de novas e profundas mudanças e ver-seão, mais uma vez, serem exilados.

Pobres irmãos, queridos irmãos!

Não souberam ainda aproveitar a dádiva da inteligência.

05. O homem sai das cavernas

Segue a vida na Terra. O homem sai das cavernas. Novo grupo de seres degredados reencarnam, desta vez menos ferozes e agressivos que os primeiros, porém ainda muito devedores, demorando-se nos mesmos erros de poder e dominação.

Nessa fase de vida rudimentar, muitas naves visitam a Terra em excursões de supervisão e pesquisa. Os terráqueos, atemorizados, fogem à sua presença, pois não conseguem ainda raciocinar sobre algo desconhecido. São mentes imediatistas, onde apenas o suprimento dos instintos primários os comanda.

Segue a vida no seu curso nos dois planos.

Os Jardineiros do Espaço incumbiram-se de trazer para o planeta, exilados de vários pontos do Universo para a miscigenação sideral, com prévia autorização do Mestre Soberano da Terra, Jesus.

A Obra do Pai é perfeita, pois todos são conhecidos e amparados.

Pela Lei Universal do Amor, todos os filhos de Deus, Criador Incriado, sempre terão oportunidades de progresso e evolução, seja onde for. Do mais rebelde ao mais iluminado, o Pai ama a todos e sempre os conduz pelos caminhos que eles escolherem.

A vida continua.

A temperatura do planeta é instável. Calor escaldante, frio enregelante. As altas e baixas temperaturas provocam muitas mortes prematuras.

O homem busca adaptar-se ao clima inconstante. A luta pela sobrevivência é árdua. O progresso é lento. As almas são rebeldes, o planeta é primitivo. Ambos lutam por manterem-se vivos.

Os Olhos do Pai, tudo observam.

06. Somos irmãos mais velhos a vos concitar na labuta da perfeição

Através do mental superior, vi grupos de humanos primitivos que, durante várias eras e acontecimentos, passaram por muitas tentativas de formarem famílias, até que se firmaram no tipo humano, como o conhecemos hoje.

Após esta cena, recebi a comunicação seguinte:

Diante dos quadros aspérrimos da Terra primitiva, a vida desenvolveu-se em conformidade com o Planejamento Superior.

O planeta gerando, com os elementos presentes, os corpos individualizados e, estes, se manifestando em freqüências-formas de vida, distintas e equilibrantes.

A cada indivíduo cuja freqüência polar magnética correspondia ao positivo, o seu correspondente negativo era levado a contrabalançar o equilíbrio das forças sobre o planeta.

Trabalho delicado e lento que técnicas aprimoradas dos Jardineiros do Espaço, meticulosamente desenvolveram e colocaram em ação inúmeras formas de vida.

Alguns princípios vitais foram trazidos de outros mundos e aqui testados e adaptados a viverem em consonância com a Terra.

Cada ser se identifica por vibrar em diapasão distinto, mas sintonizado, com o do planeta Terra. Em qualquer parte do Universo ou mesmo em Universos paralelos ao vosso, a identificação que trazeis de vossa origem planetária atual é a da freqüência da Terra.

Aqueles que não tiveram seus espíritos-corpos desenvolvidos originalmente neste planeta possuem seu registro de freqüência, afinizado com seu planeta de origem em escala vibratória latente, ou seja, desativado e, sobreposto a esta escala de freqüência, a do corpo da Terra.

Quando alcançarem novamente seus altos padrões energéticos, então voltarão a vibrar na freqüência original de seu planeta-mãe.

Para aqueles que estiverem nesta condição, é como se, ao reencarnar na Terra, decaído de seu planeta original, o indivíduo permanecesse morto para ele e lá renascesse quando, enfim, conquistasse a sua freqüência vibratória original.

Dessa forma, deixa sua identidade terrena, mas extensos trechos de sua partitura espiritual permanecerão marcados pelos tons do planeta em que viveu e desenvolveu-se espiritualmente. Assim como permanecerá ligado aos demais seres nascidos no orbe comum a todos, pelo mesmo cântico entoado na singela melodia do cosmos.

A partir de suas freqüências, núcleos familiares foram se delineando e se configurando e são essas ligações persistentes que permitem a música universal ser tocada.

Pertenceis, portanto, a muito mais famílias, numerosas mesmo, o que não estais habituados a considerar e os laços que vos unem a tantas famílias são muito mais fortes do que podeis imaginar com vossa percepção material.

Jesus, o Amado Rabi, irmão vosso, cuja freqüência altíssima descende de outro mundo, lançou entre vós as noções elementares do Amor Cósmico que deveis cultivar, se quiserdes avançar aos Páramos Celestes.

Em Seu Nome erguestes monumentos, estátuas e verdadeiros palacetes que em nada representam a solidez e o poder do Sublime e Puro Amor.

Nenhuma força é mais poderosa do que as forças de coalizão das estruturas macro-dinâmicas do organismo da Terra, pequenina célula do corpo universal. E nada mais poderoso haverá em vós do que o Amor Sublime transfigurado em Luz, gerador de toda vida.

Vossas pequenas famílias são redutos destinados ao amor, não com um fim em si mesmo, egoístico, mas como um princípio de expansão e dilatação de vossas consciências na direção do infinito. Portanto, libertai-vos das noções primárias de apego e domínio familiar, para que floresça em vós a noção clara e farta da família planetária que compondes.

Paz sempre vos desejamos.

A paz vos enviamos.

P – O Irmão é um dos três irmãos que se comunicaram conosco, outro dia?

R – Sim, somos nós.

P – Pode nos informar de que parte do Universo vindes?

R – Vimos de longínquo ponto do espaço onde os Universos se confrontam e, através dos “portais do tempo”, adentramos vosso espaço, para trazer-vos alguns conhecimentos necessários à vossa humanidade.

Somos cientistas e, como tal, aqui estamos em missão.

Em outra parte, paralela a este Universo, acompanhamos a vida em uma Terra, em muito, semelhante a vossa. Nela, serão plantadas as sementes da vida humana e lá faremos renascer todos que, interrompendo suas tarefas, tornaram-se pendentes com a Lei Divina.

Lá, reencontrarão um planeta em tudo semelhante ao vosso, contudo, nada daquele mundo será motivo de delícias para eles, pois estarão completamente ocupados na realização das tarefas equilibrantes que deverão executar para manterem-se vivos, despertos e habitando o lindo planeta.

O que poderiam aproveitar em liberdade no futuro, optaram por usufruir nos dias atuais, em meio às tormentas delituosas. No futuro, sem a liberdade confortadora, não poderão aproveitar o equilíbrio reinante entre os seres planetários.

Amados! Somos Irmãos mais velhos a vos concitar, todos vós, na labuta da perfeição, para que adentreis a nova era banhados em luz e libertos dos compromissos atrasados que vos retém na esteira das encarnações cármicas.

Paz, sempre.

Nooriam
Jardineiro do Espaço

 

07. Todos os Universos são vida

Das primeiras formas de vida até a manifestação humana na matéria, muitas foram as oportunidades encontradas pelos engenheiros siderais para introduzirem, na genética dos seres, caracteres que lhes conferiram os corpos adequados ao processo evolutivo.

Em muitas eras, formas e experimentos sucumbiram ao peso das difíceis condições de vida no planeta, ainda primitivo.

Porém, muitas vezes, modificando-se uma ou outra configuração, notamos a possibilidade de adaptação da nova espécie.

Admirável foi participar, em comunhão com as criaturas, de sua criação e adaptação ao meio terreno.

Víamos nascerem, como se fossem nossos filhos. Cada planta, cada bactéria, cada animal, tudo minuciosamente desenhado e planejado para colaborar na manutenção da vida sobre o novo planeta.

Quiséramos nós que nosso esforço em aperfeiçoar as formas daqueles oriundos da Terra, e que ali atingiram a forma humana, pudesse ser por vós compreendido. Nós estamos convosco desde o nascimento da Terra, moldando vosso mundo, de forma que possais nele encontrar as condições de progresso das quais necessitais.

Trazidos de outros orbes, animalizados por instintos exacerbados e feridos em seu ego, muitos decaídos adentraram a Terra, acreditando que aqui conseguiriam o que lá não conseguiram e assim permanecem até hoje.

Desconhecem o Poder Criador que a tudo renova e comanda em direção à luz.

P – Quem é o Senhor?

R – Meu nome é Nautilus e sou viajante do Universo.

Aporto-me onde o Pai me conduz e permite reunir grupos de seres altamente qualificados para processarmos o desenvolvimento da vida sobre os orbes.

P – Assim como semeadores divinos?

R – Sim. Por onde vamos, lançamos no espaço, quando nos é permitido, as sementes do nosso labor.

Levamos grande parte de nossas vidas estudando novas formas de vida e suas manifestações.

P – Então o Senhor deve saber onde, no Universo, a vida se manifesta?

R – A vida se manifesta em toda parte no Universo. Todos os Universos são vida. Vós, humanos, pensais como se tudo que há, lhes fosse devido. Mas ficai sabendo que, em toda parte, a vida pulsa, independente de vós. Sois células vivas de um Corpo Maior e quando aprenderdes a com Ele pulsar em harmonia, vereis quanta vida se espalha por todos os lugares.

Não devereis olhar pela janela de vosso pequenino mundo, à moda da criança que vislumbra, além de sua casa, apenas pequenino jardim. Em torno de vós, paisagem incomensurável encobre um Universo repleto de formas livres para existirem em incontáveis estágios de evolução e destinadas, todas elas, ao Amor Maior.

Sede humildes, criaturas humanas, lembrai-vos de que, acima de vós, o Pai Amantíssimo comanda todas as coisas e somente Ele é o Criador Incriado.

Buscai arrancar a máscara dura que criastes para vossa manifestação, libertando vossos espíritos da prisão que ela representa e vindes conhecer algumas das novas formas que aguardam a vossa convivência pacifica e salutar.

Quando fordes capazes de respeitar todas as expressões de vida e o amor espalhar-se graciosamente em vossos corações, então estareis libertos.

Paz em Cristo.

Nautilus
Viajante do Universo

08. Desenvolviam sua espiritualidade de acordo com o ritmo de sua evolução

Os seres humanos desenvolveram-se mergulhados na matéria, dando cumprimento aos Desígnios de Deus.

Esquecidos do passado, como recurso para sobreviverem no presente, guardaram em si a vaga idéia da Divindade que lhes conduzia a existência terrena.

Ao mesmo tempo em que se desenvolviam física, moral e espiritualmente, também suas consciências foram despertando, lentamente, do longo sono da inconsciência. Assim retomando as crenças, ferramentas ainda primitivas de entendimento e comunicação com as Forças que regem o Universo, cada agrupamento humano que se desenvolvia, interpretava e dava vazão ao conjunto dos acontecimentos, de acordo com sua compreensão do momento. Cada qual desenvolvendo sua espiritualidade, de acordo com o ritmo de sua evolução.

De comum, tiveram apenas a forte influência dos fenômenos da natureza, que lhes falavam ao instinto presente como nenhuma outra força seria, então, capaz de fazê-lo. A medida que observavam a natureza, seus cérebros primitivos iniciaram a longa jornada do progresso, através da compreensão e do raciocínio elevado.

Corpo, mente e espírito trabalhavam, então, com toda força pela sobrevivência. Para certos grupos, o contato com “Seres Trabalhadores do Espaço” deu-lhes uma expansão mais dilatada das realidades transcendentais. Para estes, foram destinadas as tarefas de disseminação no novo orbe, da existência dos Divinos Seres, Anjos que lhes visitavam de tempos em tempos.

Suas memórias passaram a conter os registros dos contatos e, no momento em que a linguagem desenvolveu-se, esses registros foram sendo resgatados e transmitidos aos seus descendentes, juntamente com suas crenças, cujas práticas vieram a constituir o conjunto de comportamentos e idéias que caracterizaram o berço de diversas culturas.

É claro que, uma vez desencarnados, muitos espíritos aceleraram pela vontade própria a redescoberta de sua espiritualidade.

Contudo, todas as vezes que reencarnavam, tornavam a esquecer, em parte, sua real condição.

A influência de espíritos desencarnados sobre os espíritos encarnados remonta àquele período. Os seres, desde muito cedo, passaram a ligar-se pelos laços do ódio, da vingança ou do amor, de acordo com seu conteúdo energético mental.

Da perversidade das mentes doentias, vieram as primeiras noções de manipulação de energias primitivas. O ser humano descobre-se mergulhado num oceano de fenômenos que não conhecia, muito menos controlava. Depois, viu modificar sua condição de ser dominado para dominante e, confuso, passou a manipular forças da natureza, com propósitos menos dignos.

Hoje é chamado por sua consciência a domesticar suas próprias forças, fazendo-as retornarem ao fluxo natural. Movimento ascendente que o conduzirá em direção à luz.

Ariadne
Extraterrestre de Vênus em missão na transição planetária

09. O alvorecer das raças ainda é um enigma

Vejo-me dentro de uma pirâmide e no centro, há um altar.

Sobre ele uma esfera que flutua. Gira, gira e aumenta a velocidade.

Mergulho naquela energia.

Flutuo no espaço e observo explosões provocadas por formas indefinidas que se atraem e se repelem. Redes de energia arrastam outras formas semelhantes e ocorrem novas explosões ao se encontrarem.

Cones de energia surgem em outro ponto e as explosões prosseguem.

Sinto muito o calor que se irradia do lugar.

Um planeta em formação, é o que acho, ou ouço dizer. Todas as etapas estão sincronizadas.

Há um ponto afastado das explosões, um ponto luminoso, parece a luz do Sol espalhando-se sem forma fixa. Dali partem as emanações para a construção. São Seres-Luz, energia pura. Como descrever?

Retornei à pirâmide e a esfera parou de girar.

Após, recebi a mensagem:

Nas colônias dos degredados, no astral em torno da Terra, há intensa expectativa. Todos os decaídos que deverão encarnar na etapa primitiva já se encontram com seus corpos modificados.

Nada existe naqueles homens-feras que possa identificar-se com as diversas formas humanas de outrora. Suas mentes, ainda conscientes, chocam-se com a nova realidade e sob forte impressão dolorosa, submetem-se a forma primitiva de homem-fera.

A cada novo ciclo, os corpos dos indivíduos aperfeiçoam-se e as formas brutas vão desaparecendo, progredindo para tecidos e órgãos menos grosseiros. A pele perde os pelos, a silhueta afina, todavia, até chegar a esta fase, o corpo humano percorreu longa trajetória.

Homens gigantes, que muito diferiam do homem comum de estatura mediana, habitaram em eras findas certa parte do globo terráqueo.

Verdadeiras aberrações, eram tidos como deuses. Juntaram-se em grupos e construíram cidades de pedra.

Isolados, não sobreviveram muito, pois os gens perderam sua força nos ciclos evolucionistas do corpo.

Viveram em tribos isoladas porque o contato com os outros humanos de estatura normal provocava pânico e fuga. Mesmo entre eles, as disputas por alimento e território provocavam a dizimação mais rápida daquela raça de anômalos. Alguns poucos desses seres conviveram pacificamente com outras raças.

Os “pés grandes”, seres exóticos que hoje habitam o Himalaia e as montanhas do Tibet, são descendentes daquela raça, possuindo ainda carga genética compatível com seus ancestrais.

Os homens gigantescos trouxeram a carga genética de sua raça planetária. Eram também seres decaídos, que na sua adaptação ao corpo terrestre, evoluíram de várias formas.

Em seus planetas de origem possuíam corpos gigantescos, porém não primitivos, já evoluídos, mas com alguns metros de altura.

À medida que seus corpos foram moldados com as características dos terráqueos, perderam a forma gigantesca dos ancestrais.

Todos os processos de evolução da Terra e dos corpos dos homens percorriam um tempo de milhares de anos.

O espaço-tempo não era importante naquela fase, quando os seres ainda primitivos apenas distinguiam a noite e o dia.

Algumas civilizações, que existiram por pequenos períodos na Terra, trouxeram o conhecimento e o disseminaram para outras raças, através da migração de alguns de seus membros, antes de sua extinção (Atlântica, Maias e Astecas).

O alvorecer das raças ainda é um enigma indecifrável para o homem moderno.