CAPÍTULO O4
Tempos primitivos

Libertai-vos pela dor, já que o amor não foi capaz de despertar vossas consciências adormecidas.

Não enlouqueçais, pois esta saída é a porta da fuga fácil que vos conduzirá a dores piores, nos abismos hediondos.

Enfrentai valorosamente os resultados que foram não as nossas escolhas, mas as vossas.

Uma vez por todas aceitai que sois infinitamente menos livres do que supusestes.

Tuella
Extraterrestre amiga

01. Separando o joio do trigo

Vejo no entorno e, partindo do próprio Abrigo Servos de Jesus (ASJ), ondas intensas de energia que, em círculos concêntricos, expandiam-se para além dos limites físicos da Casa. A forte energia que circulava queimava miasmas, pequenas formas-pensamentos negativas e outros elementos similares.

As ondas partiam de cor clara e, a medida que se afastavam, iam escurecendo. O escudo protetor tornava-se mais forte e brilhante.

Depois da vidência descrita acima, veio a comunicação:

Os exilados que chegaram à Terra não foram os mais ferozes que partiram de seus planetas para o degredo. Diríamos que constavam de uma classificação mediana, da qual faziam parte magos e cientistas que não souberam manter-se na linha reta das leis superiores. Também inclusos na leva encontravam-se seus comandados diretos, aqueles que cumpriam suas determinações. Naquele planeta de origem, nos dois planos de vida, magos e cientistas revezavam-se nas atividades.

Cada planeta que sofreu transformações evolutivas, assim como a Terra sofre no momento, teve sua seleção entre joio e trigo. E assim como ocorre atualmente nesse orbe, naqueles planetas, os degredados foram encaminhados para mundos afins com sua vibração e merecimento cármico.

Assim ocorre e ocorrerá com os degredados que da Terra partem e partirão para planetas adequados ao seu estado evolutivo.

A evolução é dinâmica e incessante, e nenhum ser de qualquer nível vibratório poderá fugir-lhe ou burlá-la.

Tudo, inexoravelmente, segue um curso evolucional e avança de forma lenta ou apressada, de acordo com suas escolhas. Não há favoritismo ou apadrinhamento que venha a dar condições ao ser de dar saltos evolutivos. O curso, a direção, a dinâmica, acelerada ou lenta, é escolha de cada espírito, centelha divina, imortal e ascendente.

Não tiveram estes espíritos a chance de escolha. Foram compulsoriamente transferidos para mundos compatíveis com sua graduação espiritual.

Os grupos que chegaram à Terra aos milhares não eram homogêneos, mas houve critérios, de acordo com suas vibrações, para todos que aqui aportaram. Muitos dos magos negros e cientistas chegados formaram confrarias negras e provocaram maior queda, vindo mais tarde a pertencer a uma classe que hoje denominais “reptilianos”.

Porém, antes serão relatadas, mais detalhadamente, categorias de seres que já haviam se comprometido muito com a Lei Divina em vários mundos. A Terra, no momento, é a última oportunidade que eles têm de convivência com seres vivos. A partir desse próximo exílio, permanecerão no novo degredo por longas eras, aprisionados em local estéril, até que se escoe toda a energia negativa de suas almas delinqüentes.

A escolha no mal até agora os compraz, a dor alheia abastece-lhes as energias e o caos é a sua morada e seu ambiente predileto.

Agora, ver-se-ão detidos “incontinenti”, sem recursos e sem livramento condicional.

Os seus pupilos também marcharão para o degredo estéril, cumprindo determinação do Alto e correspondendo às suas escolhas.

P – E o que acontecerá com as pessoas encarnadas que continuam em franco desregramento, descumprindo cada vez mais, as Leis Divinas?

R – Aqueles que se recusam a ouvir os apelos incessantes que chegam do Alto, de amor, fraternidade e paz, comprazendo-se no mal e alimentando as bestas, sofrerão a justa correção da Lei. Partirão com seus comandos para mundos ermos e sem vida. Permitido foi pelo Pai que esses irmãos chegassem a tal ponto de decadência moral e espiritual, influenciando de forma contundente esta humanidade, porque o carma coletivo do planeta assim o permitiu, respeitando a Lei do Livre Arbítrio que rege os planetas de expiação e provas.

Ao longo das eras evolutivas desse orbe, os terráqueos vem negligenciando de forma consciente as Leis Universais e mesmo após a descida sacrificial do Anjo de Deus à Terra, continua o homem a burlar as mesmas leis que sustentam a vida.

Muitos irmãos, que hoje se encontram em esferas superiores, continuam ligados ao planeta, onde deram seu grande salto evolutivo.

Suas consciências assim o determinam, porque nas eras escuras do passado longínquo, também contribuíram para instalação do caos e disseminação do mal.

Aqueles que já retornaram para seus planetas de origem, mundos felizes, onde somente o Bem é semeado, volvem os olhos para a Terra e emitem de suas mentes, hoje evoluídas, ondas de amor, neutralizando as negatividades de outrora.

Outros ainda preferem demorar-se nas periferias do astral da Terra, ajudando de forma sacrificial a Mãe que os abrigou por tantos milênios, ajudando-os a escoarem seus instintos inferiores, tornando-os em lindas aves libertas.

São muitos os seres que já passaram pela Terra e já se encontram em grau avançado de evolução. Todos nesta hora emitem suas energias positivas em benefício da Mãe Terra.

Assim deve ser, pois existem muitos que aqui nunca encarnaram e contribuem voluntariamente nesse difícil momento da transição. Voluntariamente, semeiam a bondade, a fraternidade e o amor ao próximo. Portanto, que dirá aqueles que um dia foram terráqueos?

Todos os esforços das Hostes Superiores são envidados para esta hora de transição, pois a mente humana descontrolada deve estar sob severa vigilância, para que não tomem atitudes drásticas que venham comprometer todo o sistema solar.

Basta que prejudiquem a si mesmos. Severa punição sofrerão os incautos através do degredo. Um ciclo planetário de 28 mil anos para o retorno à Casa, se bem o aproveitarem.

Todas essas almas que permanecem no erro são conscientes de suas escolhas, mas o orgulho desmedido, a vaidade e a prepotência não lhes deixam enxergar o quanto são efêmeras.

02. Mudança de pele

Dormem serenas as criaturas. No regaço adormecido de seus corpos, Engenheiros Siderais procedem as modificações evolutivas que lhes permitirão o crescimento do cérebro ainda primitivo.

Vejo seres semelhantes a macacos, mas já lembrando algo de humanos. São famílias e estão agrupados em cavernas. Há jovens, adultos e crianças, homens e mulheres. Não há idosos.

Agora, vejo chegarem extraterrestres, que vimos hoje, quando a nós se apresentaram. Trazem consigo maletas e alguns aparelhos pequenos.

Aproximam-se de alguns dos adormecidos do sexo masculino e realizam uma operação de aplicação de laser em células reprodutivas, provocando nestas, mutações cromossômicas. Atuam diretamente no plano físico, mas ao mesmo tempo, com efeito no corpo astral.

O processo é completamente indolor, pois os seres sequer se mexem.

Muda a cena. O tempo avança. Vejo agora várias crianças brancas, corpo completamente sem pêlos e faces muito semelhantes às nossas.

Poderia dizer que estou vendo uma criança de hoje, mas não é, por que o cenário é o mesmo que o descrito na vidência anterior. As crianças correm de lá pra cá em meio aos seus familiares peludos.

Alguns as estranham, mas seu espanto vem carregado de uma admiração, quase idolatria. Os adultos têm por elas muito cuidado.

Apesar da aparência diferente, são mais fortes e resistentes.

Vejo-os agora adultos, robustos e já são muitos, a maioria. Tratam com muito carinho os velhos e peludos parentes que ainda existem.

03. A população cresce lentamente

Ainda mergulhados na ignorância, peregrinam os já modificados habitantes da Terra. De pouso em pouso, vão conhecendo as cercanias de sua região.

Coletam, aqui e ali, frutas, folhas e cascas que utilizam na alimentação. Seu comportamento, já bastante mudado, em nada lembram os ancestrais primitivos e animalizados. Caminham de pé, sentam-se e os primeiros raios de luz começam a lhes provocar estímulos elétricos no cérebro. Agora, já pensam. O contato físico afetuoso e os cuidados demonstrados ao longo do período de adaptação da nova raça conferiram-lhes o direito de desenvolverem a linguagem.

Comunicam-se através dos primeiros sons articulados e iniciam a dar nomes aos objetos, aos seres e fenômenos do dia-a-dia.

Demora-se a espécie humana na construção da linguagem.

Enquanto dormem, suas crianças estudam com Elevados Instrutores e têm seus cérebros mais fortemente modificados por força dessa estimulação.

Constroem casas rudimentares, cozinham alimentos misturando alguns ingredientes. Descobrem novos remédios e difundem sua utilização entre todos.

Lentamente, a população vai crescendo e é necessário espalharem-se. Então, são distribuídos pelo Comando Maior nas regiões que hoje chamais América. Dividem-se em tribos. Possuem carga genética espiritual e preparo suficiente para viver da terra e perpetuarem-se até que chegue o momento de reencontrarem-se com os demais humanos em evolução.

04. O homem luta pela sobrevivência

O homem luta pela sobrevivência.

Seus corpos são ainda embrutecidos, pois assim devem ser para o enfrentamento de tão árduo viver.

Sua mente já expandiu a inteligência e ele busca sempre nova morada onde se sinta seguro, pois a temperatura é instável; com mudanças bruscas. Para melhor defesa, juntam-se em tribos, mas lutam entre si.

Cultuam os deuses primários da natureza trovão, relâmpago, sol, lua, fogo e vento.

As mulheres são tidas como inferiores, todavia, lutam contra esse preconceito, disputando o seu lugar.

Mahyr cala-se e eu vejo homens com grossas peles a cobrir-lhes o corpo, da cabeça aos pés.

Suas cabeças são grandes e suas bocas, protuberantes.

Caçam animais que lembram mamutes.

05. A dura e triste vida dos primitivos

Os degredados rebeldes custam muito a descarregar na terra que os recebe, toda a carga negativa de que são portadores.

Esperam, entre crises de inconformismo, serem arrebatados daquilo que consideram ser a pior das prisões: o primitivo corpo de carne.

Rebeldias, inconformismo e violências retardam o pagamento de seus débitos e ao carma trazido, novas dívidas acrescentam.

Agridem-se violentamente. Avançam, famintos e sedentos, uns sobre os outros. Culpam-se mutuamente pelo destino comum.

Um ou outro que desperta da violência reinante é abatido imediatamente, pois fragilizado torna-se presa fácil dos demais.

Nada do que lhes é dado conhecer encontra substrato nas vibrações nervosas dos cérebros animalizados. Redobram-se os Instrutores em cuidados especiais e tratamentos. Tudo sem sucesso. Renitentes nos erros, as rebeldes criaturas ignoram suas presenças e não suportam sequer a força que lhes é ofertada como acréscimo de energia propulsora no bem.

As mulheres sofrem com o nascimento dos filhos graúdos de seus corpos miúdos. Os homens sofrem de dores físicas, decorrentes dos incessantes ataques dos animais que os buscam como alimento.

Nenhum lenitivo é dado às suas dores, pois não o enxergariam.

Escasseiam-se os corpos de carne, amontoam-se os espíritos em sofrimentos maiores no astral.

Colônias de tratamento começam a se formar e antigos companheiros mais evoluídos chegam para, no intercâmbio amoroso, auxiliar as pobres criaturas.

Começam a reencarnar queimando seus carmas, as criaturas avançadas em conhecimento e distanciadas da Luz e do Amor.

06. A rivalidade vem de longe

Vejo Moisés no Egito. Povo preso, escravizado.

Vejo uma fuga. Multidão imensa fugindo.

Vejo o mar abrir-se. Muitos, sem fé, são tragados pelas águas.

Vejo terra fértil, povo grande, coeso, unido, muito ligado entre si.

Muda a cena. Agora, vejo o antigo faraó daquela época e seu exército reencarnarem. Viajam extensões imensas, pois reencarnaram muito longe do seu local de origem.

Os hebreus subiram do continente africano para o Oriente Médio; o faraó e seu exército desceram da Ásia Maior em direção ao Oriente Médio.

Após, recebi a comunicação:

Esses dois povos são como areia e lama, óleo e água. Não têm como se misturar. São semelhantes em rebeldia, mas são diferentes entre si. São duas raças primitivas distintas, oriundas de um único orbe.

A carga de ferocidade que carregam é imensa, já eram rivais antes de aqui chegarem.

Vejo em seu planeta de origem uma convivência violenta, alternando dominadores e dominados em combates constantes e febris. Pouquíssimos despertam em milhares de anos. São simplesmente violência. Armam-se mais e mais. Nada evoluem em organização social e tecnologia, pois sua energia é toda canalizada para confrontos e guerras.

07. Homem e planeta avançam na trilha da evolução

O homem avança na apresentação do corpo físico, que lentamente se aperfeiçoa, a medida que o próprio planeta também evolui.

Diminuem as convulsões geofísicas, reduzindo as violentas transformações produzidas na paisagem ambiental do jovem planeta.

Os espíritos rebeldes e recalcitrantes em sua condição moral inferior são submetidos a rudes provas. Vislumbravam em seu íntimo uma condição melhor de vida. Viviam sempre tristes e assustados.

A semeadura imprevidente do passado pesava-lhes na economia divina da sua própria evolução.

Naves espaciais visitam constantemente a Terra. Os Jardineiros do Espaço contribuem de forma contundente na transformação evolutiva do homem e do orbe.

08. Inicia-se uma sociedade rudimentar

A conformação geográfica da Terra estabiliza-se.

Os Comandos Superiores distribuem as populações nas regiões mais estáveis, menos convulsivas e perigosas.

Algumas civilizações já despontam com arremedos de homens ainda primitivos porém alguns já se destacam pela linguagem mais clara e inteligência um pouco apurada.

Na Ásia Menor, o homem destaca-se e constrói casas, utilizando o que a natureza oferece.

A sociedade, embora rudimentar, vai se formando. Aquele que tem a visão mais ampla, alargada, comanda. O mais forte domina; os fracos são subjugados.

Os homens fecham-se em grupos tribais para melhor defenderem-se. Longe se encontram ainda da lucidez de raciocínio. Possuem inteligência rudimentar com instintos apurados. O medo domina as ações e a sobrevivência ainda é frágil e curta.

As relações são de luta e posse.

Mahyr faz uma pausa e eu vejo seres humanos utilizando animais para vencerem grandes distâncias em caminhos pedregosos, empoeirados. Esses animais pareceram-me uma mistura de cavalo com camelo, talvez um elemento híbrido. Os homens lembravam-me a raça amarela. Suas casas eram feitas com uma madeira escura.

09. A rebeldia acompanha os decaídos

As células dos corpos dos homens primitivos eram constituídas dos mesmos elementos dos corpos dos homens atuais, somente diferindo na proporção de cada elemento químico, na constituição daqueles corpos, que deveriam enfrentar ambiente ainda muito selvagem e inconstante. Necessitavam de corpos que lhes possibilitas sem a sobrevivência naqueles pequenos períodos em que viviam reencarnados na superfície da Terra.

Depuravam os espíritos rebeldes e violentos de forma lenta, pois mantinham-se rebeldes e inconformados com o degredo e isso constituía fator de atraso na senda evolutiva. Ainda hoje, em regiões de intensa inferioridade, habitam alguns decaídos daqueles dias.

Os corpos aperfeiçoam-se no plano astral, descendo à matéria já modificados.

O elo perdido que os homens modernos buscam não encontrarão no plano físico, pois todas as importantes transformações genéticas sofridas no trânsito de uma raça para outra aconteceram nos planos sutis e, após, foram trazidas à carne.

Os homens não evoluíram instantaneamente, nem seus corpos, nem seus espíritos. Suas transformações tornaram-se lentas pelos abusos de suas ações provenientes da revolta e rebeldia.

Ainda hoje, o homem do século moderno avança a passos lentos na senda do progresso, abaixo do esperado para esta humanidade, neste fim de ciclo. O ser humano valoriza mais a matéria, sobrepujando-a ao espírito.

Desde eras remotas, o homem rebela-se contra o seu próprio crescimento espiritual, pois o Pai Amantíssimo, Criador Incriado, continua o mesmo, amando Suas criaturas, mesmo que estas escolham caminhos diversos daqueles para os quais foram criadas: o Amor.