CAPÍTULO 05
Mentes poderosas comandam o nascimento e acompanham seu crescimento

Das muitas palavras articuladas pelos homens, desde os primórdios da humanidade, o perdão das ofensas constitui a mais poderosa e o amor a mais sublime de todas.

O perdão nasce do amor bem vivido e só ele é capaz de conduzir as criaturas através da linha evolutiva, impulsionando os seres humanos cada vez mais em direção à luz.

Sobre todas as demais virtudes, estas duas reinam soberanas transpondo os portais do tempo, irradiando sua força em favor da humanidade.

Aqueles que já cultivam estas qualidades estão no caminho da redenção. Os que delas se afastaram retrocedem no tempo determinado pela história de vosso orbe.

Paz sempre.

Akenathon

01. O planeta em formação

O homem, quando ainda primata animal, percorria sendas do progresso de um planeta em formação, que não tinha ainda condições de receber em seu bojo criaturas inteligentes e superiores aos animais.

A evolução do planeta e dos seres vivos, seus habitantes, passou por um longo processo de transformação.

Na Terra, acomodaram-se as camadas geofísicas recém-criadas e os seres vivos foram para aqui transferidos, a medida que se construía os meios de sobrevivência.

Os componentes químicos atmosféricos iam se equilibrando num ambiente possível de ser habitado. Portanto, as transformações evolucionais dos corpos, da Terra e dos seres vivos para aqui trazidos ocorreram juntas.

Manifesta-se primeiro, pequeno corpúsculo unicelular, que é o embrião da vida futura das outras espécies vivas.

Plantas rudimentares crescem em meio ao ambiente que convulsiona.

Até os minerais que parecem os mais fortes nessa intensa ebulição, sofrem transformações, acomodando-se em camadas que formarão a terra do futuro.

As Potentes Mentes Superiores comandam a orquestra do nascimento do planeta, que terá em seu seio uma infinidade de raças de várias partes do Universo há muito criado.

Vejo o planeta em formação. Parece uma bola em chamas.

Lavas incandescentes escorrem por todos os lados. Gases sulfurosos sobem, tornando a atmosfera irrespirável. Terremotos aqui e ali abrem fendas profundas. Não vejo água, apenas lava incandescente.

02. As transformações continuam. O fogo forja a Terra.

Durante milênios, a Terra sofreu no calor do fogo, onde forjou os elementos químicos componentes de sua constituição.

Ainda naquela fase, descem ao interior do planeta, espíritos muito evoluídos, formando os primeiros núcleos das cidades intraterrenas.

Suas poderosas mentes ajudavam a construir o planeta, estabilizando-o em suas estruturas internas, dominando a força geradora, intensa e primitiva. Era apenas um pequeno núcleo de Seres-Luz construtores que, através de explosões, equivalentes a bilhões de bombas nucleares detonadas ao mesmo tempo, criaram a Terra, pois um mundo em formação requer energia geradora da vida.

A essa altura, minha cabeça rodava. Fiquei insegura diante doque foi dito, não por desconfiança, mas por temer estar captando errado.

Mahyr percebeu minha insegurança e disse:

É assunto que desconheceis, pois não sois cientista. Apenas escreva o que transmito.

E ela continuou:

As explosões apenas identificavam que um planeta nascia.

Passaram-se bilhões de anos do vosso calendário, até que a Terra transformou-se na esfera equilibrada no espaço, como a observais hoje.

Voltemos.

As estruturas unicelulares evoluem para outras formas ainda primitivas, mas que transformavam-se lentamente, pois traziam em suas matrizes genéticas os arquétipos do que deveriam transformarem-se.

Os minerais definem-se. A água surge, ainda contaminada por gases venenosos que dominam a atmosfera. As Mentes Intras trabalham as nascentes, os minerais, riquezas do futuro que darão condições de sobrevivência no planeta virgem.

O processo das transformações segue o curso natural e automático.

O fogo forja a Terra.

Mahyr pára de falar e novamente me vejo flutuando sobre a Terra em chamas. Cascatas de lavas incandescentes. São como rios e cachoeiras.

Aqui e ali, abrem-se fendas; um sobe e desce de massa incandescente. A Terra está agitada, treme e convulsiona todo o tempo.

Ela continua:

As estruturas unicelulares tornam-se mais complexas e nascem as primeiras plantas, algas aquáticas que se adaptam a um ambiente ainda quente e onde os metais pesados dominam na atmosfera.

03. Verdadeiro laboratório de construção de vidas. Surgem as primeiras colônias

Nos planos sutis, em torno do planeta que se forma, nascem colônias para recebimento das primeiras espécies de animais que surgirão na Terra. Tudo o que nasce tem sua matriz no astral antes de manifestar-se na matéria densa. Todos os seres vivos foram moldados e trazidos para a periferia astral do planeta em formação.

Algumas espécies formavam-se a partir da Força Construtora do planeta, com os elementos químicos, os minerais e a energia telúrica. Outros foram trazidos de orbes compatíveis com este.

Seres Superiores sob o comando de Engenheiros Siderais, entre os quais Jesus fazia parte, construíram as primeiras colônias em torno do astral do planeta.

Essas colônias não eram construções primitivas, mas organizações simples e acolhedoras, onde as primeiras gerações de seres vivos puderam constituir-se. Verdadeiros laboratórios de construção da vida.

Muitas reuniões de Conselheiros e Avatares de diversos orbes ali ocorreram para tratar do futuro exílio de seus tutelados.

A Terra se formava já com o objetivo de recebimento das almas decaídas e serviria de laboratório transformador, para o burilamento necessário da densa camada de negatividades que os exilados trariam em seus corpos, em descenso vibratório, o que provocara o exílio compulsório.

Jesus, Amoroso, aceitou receber como suas ovelhas, aquelas almas rebeldes, e marcou-as através do Seu Verbo Sublime, comprometendo-se a conduzi-las de volta ao aprisco do Senhor.

Ainda hoje e por todo o sempre continua a ser o Condutor Sublime daquelas almas.

A Terra foi construída por Extraterrestres, uma vez que não havia terráqueos nascidos. As mentes dos Construtores foram conduzidas pelas Forças Geradoras da Vida. Sob este aspecto, Jesus também é um Extraterrestre, pois o Seu planeta de origem, o qual forjou Sua evolução, encontra-se vivo, apenas nos Registros Akáshicos da Vida, o mesmo que agora visitais.

O duplo da Terra foi construído um milênio antes da construção do planeta na matéria e somente tornaram-se equivalentes quando as convulsões diminuíram, ficando mais estável sua superfície, permitindo a possibilidade de constituição dos primeiros seres na densidade material.

Um milênio parece pouco, quando a idade geológica da Terra gira em torno de 4 milhões de milênios.

A vida surge na água e, logo após, parte para a terra, pois é natural que a vida pulse vibrante, mesmo nos mais inóspitos ambientes.

Gelo e fogo competem na formação da crosta, esterilizandoa, forjando estruturas geológicas, queimando as estruturas microscópicas que não deverão germinar.

O ritmo das transformações milenares segue seu curso e a Terra surge tal qual foi planejada.

Desce um núcleo de Seres-Luz para fixar outra Cidade Intra, dando novos moldes à constituição do orbe, contendo a Força-geradora-matriz no centro do planeta.

04. Vida em movimento no interior do planeta

Na época em que a estabilidade do planeta decorria por longos períodos, civilizações avançadas formaram pequenos núcleos nas gigantescas geleiras. Eram irmãos de outros orbes, que aqui encarnavam para formação das cidades  intraterrenas. Devido às condições instáveis do ambiente externo, buscavam cavernas e fendas, tendo acesso a passagens com conexões que os levavam a extensas áreas dentro da Terra, onde já havia um certo equilíbrio ambiental.

As feras selvagens da superfície, ali, não penetravam. O clima era ameno e aquecido, nem muito quente ou gelado; lugar propício para crescerem e desenvolverem-se. O tempo passa, os núcleos intraterrenos aumentam e, com o rolar dos milênios, desenvolvem-se.

Após o surgimento dos primeiros primatas na superfície do orbe, inicia-se o processo de encarnação dos exilados que permaneceram, por longos períodos, em acondicionamento em regiões astrais próximas ao planeta primitivo, que hoje é a Terra.

Civilizações Extraterrestres Negativas tentam implantar-se no planeta recém-habitado, atraídos pelo magnetismo inferior dos decaídos.

Batalhas são travadas no astral, todavia foram expulsos antes de manifestarem-se no plano físico. Os Jardineiros do Senhor velaram a Terra por todo tempo.

Outros Seres Negativos vieram novamente tentar resgatar seus tutelados do degredo inevitável e lançavam-se odientos sobre as Colônias de Hibernação no Astral, mas eram contidos pela Força Superior que sempre protege os frágeis. Muitos deles acabaram sendo também submetidos ao exílio redentor.

Em todas as eras da evolução do planeta, houve tentativas de implantação de Forças do Mal Extraterrestres, mas que foram impedidas pela Força da Luz. O mal que os exilados de coração frio e cruel traziam já seria suficiente para contaminar muitas gerações, em todas as épocas; portanto, a implantação de formas não planejadas não seria permitida.

Na Terra, em muitas épocas de sua história, sugiram civilizações que reluziram em progresso moral e espiritual. Aquelas civilizações eram constituídas de irmãos bastante evoluídos, vindos de outros orbes, para aqui encarnarem e darem novo impulso às recentes civilizações. Não eram decaídos.

Logo após a partida dos grupos de Seres Evoluídos, as civilizações luminosas apagam-se e morrem; entre elas os Maias, os Incas e os Egípcios.

Assim ocorreu em várias civilizações, em eras diferentes, na evolução planetária.

05. Vida em movimento na superfície

As convulsões cessam após bilhões de anos. A vida exuberante explode sobre a superfície.

Os seres não são mais os primitivos unicelulares que, no turbilhão dos milênios, evoluíram para novas estruturas, mais complexas e necessárias ao planeta.

Os pequenos batráquios, de então, saem da água, criam novas estruturas e dão origem ao diversificado mundo animal.

Para o laboratório-terra, são trazidas novas espécies animais de grande porte.

Florestas gigantescas crescem em ambiente ainda contaminado por gases, agora mais diluídos na atmosfera.

As grandes geleiras ocupam grandes áreas.

O tempo corre célere e muitos dos seres animais que o homem sequer ouviu falar na sua história, não se adaptaram ao planeta ainda em formação e extinguiram-se antes de multiplicarem-se e tornarem-se animais híbridos.

São muitas as tentativas dos Construtores, até que os animais se firmem como espécie de evolução da Terra.

Cada célula do planeta trás em si os arquivos de sua criação.

Os animais de grande porte adaptam-se às condições inóspitas.

Os irmãos intraterrenos desenvolvem-se rapidamente no interior da Terra, tornando suas presenças indispensáveis para o equilíbrio planetário.

Vez por outra, grupos de extras e intras visitam a superfície, para verem de perto os campos em que a sementeira das novas raças será lançada.

Na evolução das espécies, muitos arcabouços físicos foram modificados, até que as estruturas se adaptassem de forma sincronizada ao ambiente.

O corpo do homem nas eras vividas também sofreu inúmeras transformações na senda evolutiva.

06. Surgem colônias de socorro espiritual no astral da Terra

As civilizações nascem e morrem na Terra, definindo-se os antagonismos entre as criaturas. Os grupos homogêneos que se destacam após conseguirem superar as hegemonias de raças, fundam no astral as primeiras colônias de socorro, próximas da crosta terrestre.

As regiões umbralinas ali se formam, mantendo imantados espíritos densos e apegados à matéria.

Nessa fase, em que o homem caminha cego e ignorante, onde a Luz do Mais Alto (Jesus) ainda não havia se manifestado entre os homens, os abismos já se encontravam abarrotados de criaturas rebeldes que, vida após vida, chafurdaram-se na ignomínia.

Os planos e os sub-planos astrais abarrotam-se de espíritos, ansiosos por um mergulho na carne, mas desprovidos de forças para sobrepujarem a própria inferioridade.

As tribos massacram-se, os ódios cristalizam-se e a humanidade define um carma negativo, que até os dias de hoje não conseguiu neutralizar.

Mesmo a descida do Messias Prometido, que deveria detonar o despertamento das consciências, não alcança os corações embrutecidos que conduzem as massas, alimentando os ódios, provocando quedas.

Bilhões de espíritos já passaram pela Terra e ascenderam, todavia trilhões ainda permanecem ancorados na subconsciência dos mesmos erros.

07. As raças

A raça adâmica floresce, formando tribos rivais.

Raça dominante, impunha o poder religioso, dominando as massas.

Raça ariana, cujo orgulho e sede de dominar outros povos marcaram sua presença.

Todas as raças deixaram marcas negativas sobre a Terra:

manchas de sangue, rastros de ódios, escravidão e morte.

Trilhas tortuosas percorre essa humanidade, na sua evolução.

Muitos Seres Superiores encarnam entre as tribos sanguinárias, numa tentativa de mudar-lhes a trilha tortuosa e desequilibrante, mas poucos conseguiram modificar-lhes a senda escolhida.

Raças antagônicas enfrentam-se na matéria, surgindo daí as guerras fratricidas e a expansão de domínio.

Vítimas e algozes encontram-se para esvaziamento das taças venenosas de ódios.

Dormem na insanidade e alimentam as bestas.

08. O caminho da evolução: animal, elemental e homem

Os primatas perambulavam em bandos pela superfície do planeta.

Caçavam e andavam em duas patas. Agitavam-se entre os dois reinos – animal e humano. Eles ainda teriam que percorrer a senda do elemental até chegar ao hominal.

Dormem animal, acordam elemental, dormem elemental e acordam hominal. A senda da evolução é extraordinariamente perfeita.

Nasce o hominal, ainda atordoado; meio fera, meio homem.

Descobre o fogo, teme os relâmpagos, rompe a barreira da inteligência, comunica-se por dialeto rudimentar.

Esse é o terráqueo.

09. Os homens progridem – “O sofrimento é escolha do viajor em queda”

O processo de transformação evolutiva de um reino para outro não ocorre na matéria. Ocorre nos planos sutis, em dimensões vibratórias superiores, onde é mantida em suspensão qualquer vibração perniciosa que traga prejuízo ao processo transformador.

Todas as criaturas percorrem os reinos, do mais primitivo até o mais complexo, sendo que cada uma que o percorre o faz em tempos diferentes.

A natureza íntima da Centelha Divina é estável. A mônada mantém-se inalterada na sua pureza, absorvendo de modo crescente o progresso efetuado pelos corpos que a circundam. Mesmo o ser embrutecido possui a mônada divina em seu cerne criador, onde permanece adormecida e quando ele se decide ao progresso pela Lei do Amor, consegue ativá-la. A Força Ativadora da mônada está contida em si mesma e a criatura desejando ativá-la, o faz.

Após o sono transformador, as mônadas seguem o seu curso de um reino da natureza para outro, galgando a escada da evolução até o seu retorno ao Corpo Gerador.

O sofrimento é escolha do viajor em queda.

As raças primitivas percorreram na Terra o período necessário ao burilamento do espírito. Mesmo após o aperfeiçoamento do corpo físico ao longo dos milênios, o espírito ainda continua renitente no primitivismo do instinto animal.

Todos possuem a mônada, Centelha Divina, dentro de si.

Para acessá-la basta que eleve sua vibração; também poderá envolvê-la em camadas densas, ocultando-a. Porém, ninguém jamais poderá apagá-la.

Somos Filhos de Deus, Criador Incriado, e Sua Presença reside dentro de todos.

Os homens progridem. O planeta, já estável, possui pequenas partes continentais, alguns istmos e muitas ilhas.

As tribos multiplicam-se, espalhadas pelos continentes.

Criaturas das Trevas manifestam-se entre os homens que se deixam dominar, pois comprazem-se com as baixas vibrações.

Perpetuam os instintos animais, cobrindo as células sublimes com energia deletéria. Ao longo de sua trajetória cria densa couraça que, muitas vezes, só através de um novo degredo conseguirá extirpá-la.

As Colônias Astrais de amparo e socorro multiplicam-se nos planos densos dos guetos inferiores.

Trabalha o homem nos dois planos de vida para sua própria transformação, mas também locupleta-se em quedas sucessivas.

Os braços dos Trabalhadores do Bem multiplicam-se, mas não são suficientes para conter a grande massa de irmãos desequilibrados que avançam rumo ao despenhadeiro.

As matrizes dos homens aperfeiçoam-se, mas os espíritos trafegam por elas carregados dos ódios que perpetuaram por gerações.

Corpos físicos aperfeiçoados, espíritos mantidos em inferioridade.

Trafega o homem nas várias raças através dos milênios findos, mas demora-se no ódio, disseminando desequilíbrios, onde quer que esteja.

10. Raio de luz preso em jarro de barro

Dobravam-se os milênios.

Os Guardiões da Terra a tudo observavam.

Os abismos inferiores superlotavam-se de criaturas falidas nos tentames libertadores e os desequilíbrios da alma multiplicavam-se.

A descida do Mestre à Terra já acontecia em seu descenso vibratório e todas as tentativas de preparação da humanidade haviam falhado, gerando mais carmas negativos.

As “potências do mal” pressentem a aproximação do Foco de Luz e agitam-se emitindo mais fortes vibrações inferiores aos humanos, que as acolhem em seus corações rebeldes.

As lutas acirradas pelo domínio levam as criaturas às ultimas conseqüências, destruindo seus irmãos.

Os conquistadores avançam e expandem suas fronteiras no solo ensangüentado pelos que tombam.

Não há respeito pelos tratados de fronteira; os mais fortes avançam, invadem, dominam.

Os sentidos inferiores das criaturas dominam-lhes a razão, cegando-as. Na intimidade da alma vibram os ecos do mal, incentivando orgulho e prepotência.

Nasce Jesus, em meio à dominação romana.

O Mestre cresce recebendo as faíscas densas que circulam no ambiente, tornando o ar sufocante para Sua delicada constituição espiritual.

Raio de luz preso em jarro de barro.

As almas que tombaram na Atlântida e no Egito buscam ali o refúgio, atraídas pela Luz. E são encaminhadas por seus Ilustres Tutores a reencarnarem próximas ao Mestre, que lhes reconhece a alma com um simples olhar.

Roma domina. Seu orgulho de raça impõe-se sobre outros povos. Novas chances de libertação aos atlantes de ontem que tombaram.