CAPÍTULO 06
Negros

“O discípulo fiel sabe que a obediência é o abrigo seguro que o protege das intempéries das trevas.

O discípulo consciente sabe que a disciplina é o escudo que afasta as setas inimigas.

O discípulo sincero sabe perseverar e mesmo quando se encontra na solidão sente no íntimo a força da Luz que o guia.

Nas noites escuras das provações segui confiantes pois vossa força interior é o combustível que alimenta o farol que vos levará à ascese.

Rampa

01. Ontem, negros, índios e escravos. Hoje, anjos rebeldes redimidos e revelados pela Soberania Infinita do Pai

Benditos aqueles que, tendo aceitado os desígnios do Pai, submeteram-se à Sua Vontade Soberana, sem jamais se distanciarem de sua rota.

Mesmo dominados e subjugados pelo homem branco, índios e negros trouxeram aos planos materiais o exemplo personificado da humilde condescendência aos ditames da Lei.

Com raríssimas exceções, rebelaram-se contra sua sina, atacando seus algozes. Dorme a consciência que se rebela contra seu destino. Deixa de enfrentar sob a luz da própria evolução, cenários redentores que lhes anunciam a cura que se aproxima.

Deixam de enxergar a clara Misericórdia Divina que lhes acena sempre em oportunidades incessantes de mudança.

Diferentemente dos índios peles vermelhas, as tribos africanas desembarcaram no planeta Terra como anjos rebeldes e decaídos, embrutecidos pelas paixões violentas, porém distantes das práticas vampirescas que moldaram o carma dos índios irmãos na Terra.

Suas centelhas foram trazidas e sua energia violenta foi impressa em corpos assemelhados a animais selvagens, donde recomeçaram a nova trajetória evolutiva, interagindo com as agruras da região africana.

Descidos da Ásia Menor, encontraram-se com remanescentes de tribos anteriormente instaladas e dotadas de semelhança com o gênero humano por vós conhecido. No encontro inusitado para eles, deu-se o início do despertar da condição humana que lhes ficara na alma. Como que, magneticamente atraídos pelo progresso já realizado em seus irmãos, buscaram insistentemente o contato e a miscigenação que originou a força e a simplicidade de uma raça sofrida desde o seu nascimento.

Milênios se passaram até que as primeiras tribos conseguissem aparar os comportamentos primitivos, dando-lhes a cada novo ciclo, comportamentos mais e mais humanizados.

O tempo corria a favor deles, pois foram dos primeiros habitantes a chegarem aqui na Terra.

De nossas naves, os equipamentos específicos carregados derramaram sobre a matéria que já estava preparada pelos Jardineiros do Espaço os princípios monádicos, espargindo luzes, animando-a pela primeira vez com o princípio vital.

Palavras, por mais elaboradas e bem empregadas, seriam incapazes de representar a magnitude do momento, da “primeira concepção”, coroada de êxito.

Espalharam-se sob o céu faixas luminosas, a exemplo daquelas vistas na aurora boreal. Em movimentos, revelam-se multicores, como dança viva de luzes, anunciando ao espaço a concretização dos Planos de Deus.

Toda a Terra cobriu-se, então, de vida e esta, sob o impulso acelerador da Lei do Progresso, passou a manifestar-se na matéria, evoluindo até os dias de hoje.

Vidas sucessivas, expiatórias e compulsórias, acabaram por moldar a Forma-Grupo da Família Espiritual que mais tarde comporia a Raça Negra.

Debaixo das características forjadas pelo efeito das labaredas ardentes das paixões, criaturas nobres e orgulhosas de outrora se viram acorrentadas às condições magnéticas, psicológicas e materiais de sua própria linhagem vibratória.

Muitos, ao acordarem do longo sono, aceitaram sua condição. Alguns, contudo, como já se esperava, rebelaram-se, procurando inverter ou burlar o inalterável. Enredaram-se, desde muito cedo, nas implacáveis leis cármicas, indo ter, ao longo de sua jornada, atribulações cada vez mais graves, quanto mais grave se tornava sua rebeldia.

Passaram-se os milênios, mas as causas dos sofrimentos humanos permaneceram as mesmas. Altivez e orgulho nunca representaram qualidades humanas, mas distorções convenientes de interpretação duvidosa, de corações endurecidos na arrogância e prepotência.

O contato com as Forças da Natureza obrigou-os à submissão de que necessitavam seus espíritos para quebrar definitivamente seu orgulho infrator, motivo de sua rebeldia e queda.

Dobram-se ante a grandeza dos Planos Divinos e, ao dobrarem-se como o bambu, são agraciados com a presença reencarnada de seus irmãos oriundos do mesmo planeta, com os quais passaram a acelerar o despertamento da consciência, dando origem a imponente Civilização Faraônica.

Mais uma vez, tomados pelo orgulho e presunção de outrora, a massa cai e consigo desmorona todo o Império Egípcio. A malha cármica estendese e mais povos intercambiam-se na miscigenação planetária crescente.

Contudo, eis que permanecem as matrizes da Raça Negra, conservadas com o propósito futuro de imiscuírem-se por novos continentes. Sempre há espíritos necessitados de um corpo negro, de genética forte e coragem, para abraçar e conquistar sua libertação cármica.

Demonstrações extraordinárias deixaram para vós: humildade, renúncia, desapego e fé. Lembranças de tempos idos em que as barreiras entre o visível e o invisível, o ponderável e o imponderável, o real e o irreal não existiam.

Espírito e matéria, duas faces de uma mesma realidade. Só as mentes elevadas acima da compreensão vulgar serão capazes de acertar, e somente as mentes que buscam, alcançam a plena compreensão das virtudes elevadas, acima da visão humana.

Ontem, negros, índios e escravos. Hoje, anjos rebeldes redimidos e revelados pela Soberania Infinita do Pai.

Salve.

Vosso Mestre

Ramatis

02. Trabalhar. Trabalhar. Trabalhar.

Índios, brancos, negros e asiáticos desenvolveram-se cuidadosamente, tendo suas características sido orientadas por minucioso, delicado e elevado trabalho dos Espíritos Cientistas denominados Jardineiros do Espaço. Eles são dotados de qualidades intelectuais capazes de concluir plenamente, a tarefa recebida de seus Superiores.

P – Linhas atrás, o Senhor falou como se já soubessem que a raça negra, futuramente, comporia o povo brasileiro?

R – Sabíamos como possibilidade, não como certeza, posto que, apesar da rota traçada para vossos destinos, bem como de vosso planeta, estais permanentemente construindo e modificando seu futuro a cada momento.

Qualquer trabalhador treinado, quando em trabalho elevado e autorizado pelo Alto, pode acessar o Plano Maior e averiguar o traçado dos acontecimentos, a fim de com eles interagir a favor do Bem Maior.

P – Assim como em um livro de matemática, com as respostas no final?

R – Sim, contudo a verificação não se realiza para satisfação da curiosidade ou preguiça do trabalhador, mas em virtude de seu compromisso com o roteiro de trabalho recebido e com o Amor que deve reger todas as atividades elevadas. Amor por aqueles que, direta ou indiretamente, poderiam ser influenciados por sua interferência.

P – Por que está tão difícil o contato hoje?

R – Adentrastes zona de intensa negatividade para cumprimento das tarefas que lhes foram ofertadas. Seus corpos ainda se encontram em adaptação e os desajustes decorrem somente deste fato.

Amanhã, pela manhã, já estareis equilibradas o suficiente para acessar os registros, como vindes fazendo, sob o comando do Irmão Ysh-Wam e da Irmã Mahyr.

Seis mulheres, uma sina.

Trabalhar, trabalhar, trabalhar.

Ramatis

Obs.: As seis mulheres somos nós, componentes do GESH. A sétima encontra-se licenciada.

03. A África

Quando da irradiação semanal de socorro ao continente africano, incorporei o espírito de uma mulher que ainda se achava muito fraca, desencarnada por inanição, possivelmente.

Foi trazida a nossa reunião mediúnica pela Equipe Socorrista do GESJ.

Quase não apresentava nenhuma reação, tamanha a fraqueza em que seu corpo astral ou perispírito se encontrava.

Enquanto permaneceu incorporada, o sistema elétrico do meu cérebro físico transmitia ao corpo daquela criatura, impulsos que pareciam pequenos choques que iam aos poucos estimulando e animando aquele corpo astral sem forças. O mesmo acontecia com duas crianças que estavam abraçadas a ela e morreram nas mesmas condições. Eram um bebê de colo e um garoto de 7 ou 8 anos, difícil acertar a idade, pois estava magérrimo e transtornado pela dor. Como sua família, morrera de fome.

Depois, em corpo astral, sobrevoei a África e o centro dela parecia iluminado por um possante holofote. Na medida em que ia sobrevoando, algumas cenas destacavam-se e pude constatar na região sul muita fome e seca, pessoas muito magras, desnutridas morrendo a míngua por falta de comida.

No centro do continente africano, vi nativos vivendo em aldeias, numa completa miséria. A vegetação daquelas paragens era quase seca, rara e os homens eram muito magros. Uma pobreza sem comparação que me entristecia bastante.

Na região nordeste, destacavam-se umas montanhas verdes, com mata densa em alguns pontos. Observei ali a chegada de um pequeno aeroplano que pousou numa estreita pista, lembrando pistas clandestinas. Dele saíram alguns homens que vieram negociar com pessoas do lugar a venda de “ouro branco” (cocaína) para a máfia italiana. Naquele instante, na minha tela mental, aparecia a Itália ligada àquela região. Ao mesmo tempo, vi nativos escravizados no trabalho de plantio de extensas áreas de ervas proibidas para a fabricação de drogas.

Após tudo que vira, recebi a seguinte mensagem:

Pouco são os homens, no momento habitando a Terra, capazes de resistirem a corrupção do “ouro branco”. Por isso, quando algum se aproximar com voz suave, “tolas” da tentação, evitai-o a todo custo.

Difícil reconhecer tamanha fraqueza; duro verificar tanta desumanidade.

O homem menospreza seu irmão em troca de alguns poucos sofás aveludados, mansões com piscina azuladas, carros do ano e muito dinheiro.

Banham-se em águas frescas, enquanto seus irmãos de outrora padecem os horrores da sede e da fome. Nem sequer como empregados podem ser aproveitados devido ao estado de definhamento e fraqueza em que se encontram.

A fome assola o mundo, porém inanição maior revela-se nas almas humanas desnutridas e fracas do Alimento Divino que nutre e conserva viva a alma.

É de tristeza meu canto! É de dor os lamentos que escutam!...

Pouco podemos realizar, mas o façamos com galhardia e coragem, com fé e confiança. A Providencia Divina certamente multiplicará os pães e peixes que desejamos partilhar com esses nossos irmãos.

Paz. Força. Luz.

Caminhemos, avancemos com Jesus.

Zambi

04. A Raça Negra

Salve irmãs!

Saudações da Luz vos trazemos.

Eis que vimos nos confraternizar convosco, irmãos em Cristo, Trabalhadores da Luz.

É com grande alegria que mais uma vez aportamos nesta Casa para comunicação sadia de nossos pensamentos, em intercâmbio que permitirá a troca de informações entre os encarnados e os desencarnados.

Vimos conhecendo vosso trabalho de divulgação acerca das noções espirituais, capazes de conduzir os humanos a libertação dos ciclos cármicos que aprisionam tantas criaturas, perpetuando dores e sofrimentos atrozes sem necessidade, posto que, o Amor de Deus a todos auxilia e impulsiona ao progresso.

Constantemente vemos seres humanos, como nós, em atrasos memoráveis, estacionados e chafurdando nas regiões abismais. Decorrem tais quedas da profunda ignorância que domina as mentes, ainda preguiçosas, no sentido do esclarecimento e entendimento das coisas além da matéria.

Quando mergulhados na carne, os homens detém-se tão somente no entendimento da vida física, esquecendo-se que a verdadeira vida é aquela do espírito imortal. Portanto, não poderia, em tão curto tempo, encerrarem-se todas as possibilidades de renovação e progresso que o Pai, em Sua Infinita Bondade, presenteia Seus filhos amados.

Todo aquele que compreende o sentido e a transitoriedade da vida, deve ter por motivação a pesquisa e o estudo acerca da existência corpórea, buscando ampliar seu campo de visão para além dos limites da vida física.

Contudo, aquele que evita engendrar pelos conhecimentos elevados da Espiritualidade Superior, detém sobre si a carga de responsabilidade sobre seu estacionamento na matéria.

Quando nos servimos do valoroso irmão, conhecido por vós como Chico, transmitimos conhecimentos ainda limitados na esfera carnal, porque, o objetivo maior consistia em consolidar a compreensão da vida extracorpórea e sua plenitude quanto a vida eterna. O sentido de nossas comunicações, através da ampla divulgação dos conhecimentos espirituais, traduzia a intenção superior de nossos Superiores em consolidar, no plano físico, conhecimento suporte para o crescimento e progresso espiritual dos seres encarnados, chamando-lhes a atenção sobre a transitoriedade da vida na Terra e procurando desenvolver-lhes o sentido de desprendimento que deveriam cultivar, no desenvolvimento de suas existências.

Margarida – Nós entendemos que o Irmão, naqueles tempo, não poderia ainda entrar em assunto tão profundo. Acontece que nossos irmãos espíritas não querem entender que, passados tantos anos, muita coisa mudou e muita coisa foi descoberta. Que a vida não pára, é um dinamismo constante. Que as revelações chegam e continuarão a chegar.

Não aceitam que Irmãos Superiores de outros planetas estejam presentes entre nós, ajudando-nos nessa fase tão difícil de transição planetária.

Não acreditam que irmãos de outros mundos, não somente Capela, enviaram para a Terra seus exilados. Por isso, compreendemos que na época em que o Irmão ditou: “A Caminho da Luz” não poderia ter avançado mais nas revelações.

Hoje, porém, já é permitido avançar no conhecimento, porque os tempos atuais assim exigem. Mas, voltando ao assunto que comentávamos antes de vossa manifestação, sobre vossa obra, “A Caminho da Luz” e esse nosso próximo livro, “Os Decaídos. Que nos dizeis sobre a origem da Raça Negra, para acrescentarmos ao nosso trabalho?

Emmanuel – O conhecimento espiritual é transmitido aos encarnados conforme a orientação pedagógica dos Seres Superiores a nós, Trabalhadores da Luz. Mas podemos afirmar que segue o mesmo princípio das lições, como as entendeis no plano físico, transmitidas em partes, procurando, à medida em que o tempo avança, torna-las cada vez mais claras para compreensão dos acontecimentos. Portanto, para passar à lição seguinte, é necessário ter compreendido a lição anterior. Assim aconteceu na época em que visamos a consolidação dos princípios básicos doutrinários, codificados pelo valoroso irmão Allan Kardec. Atendíamos ao imperativo de fazer chagar aos corações e mentes humanas, as bases que lhes permitiriam, no futuro, edificar conhecimentos ainda mais avançados. Nosso Irmão deixou em sua Obra a fidelidade às idéias transmitidas pelo Espírito de Verdade, que nada mais representa, do que o pensamento do próprio Cristo Planetário. Ele, que em torno do Evangelho, deixou as portas abertas, para que os homens que houvessem alcançado os níveis de conhecimento necessário adentrassem-nas, iniciando nova etapa de aprendizagem e progresso.

O fluxo de informações e conhecimento do Alto, em direção à Terra, é incessante e permanente. Indiscriminado, é ofertado a todas as criaturas, apenas banhando-se em suas luzes aqueles que já cumpriram os créditos das lições anteriores.

Que vossos passos não se detenham devido ao pensamento dos preguiçosos que permanecem atrelados às lições primárias, pois muitas criaturas existem que necessitam de conhecimentos mais avançados, para darem continuidade à sede de progresso que lhes impulsiona o espírito.

Assim funciona o Universo.

Que cada criatura adquira a compreensão de tal funcionamento, deixando de responsabilizar os outros acerca das responsabilidades que lhes são próprias.

Àquele que não compreende, cabe estudar, desprover-se dos preconceitos e atavismos infelizes e avançar na compreensão. Quanto aos que já compreenderam, cabe a fidelidade de converter em conhecimento as luzes que já conseguem vislumbrar, não importando se há os que não lhe aplaudem o ato.

Inicialmente e durante longo período, o próprio Chico viu-se vilipendiado por mentes ignorantes, que mal compreendiam o sentido dos pensamentos elevados que ele captava e traduzia na forma das páginas, compiladas posteriormente como livros. Somente após uma vida toda de trabalho é que hoje as Sementes de lUyz disseminadas sobre a Terra começam a germinar.

Muito trabalho ainda há que se realizar antes, para que os pensamentos cristalizados na inércia e na preguiça alcancem o dispositivo incessante do progresso espiritual. E, enquanto houver mentes cristalizadas, trabalhadores hão de existir, que catalisem as Forças Superiores, no sentido de quebrar a dormência de seus pensamentos limitados.

Margarida – Nosso trabalho baseia-se nisso. O que recebemos em matéria de conhecimentos, advertências e alertas dos Irmãos Superiores, extras, intras e terrestres como vós, nós divulgamos amplamente pela Internet, através de cartas pelos Correios e em nossas palestras públicas. Sabemos que poucos ainda aceitam e são provavelmente os que estão de olhos e ouvidos atentos, porém a maioria não acredita, rejeita.

Emmanuel – Se assim não fosse, de que serviria a renovação dos trabalhadores despertos para a Luz, para a Seara do trabalho que abraçam?

Cada etapa, cada lição aprendida, impulsiona as criaturas à etapa seguinte e sendo assim, é necessário que a cada movimento ascendente, novos trabalhadores aceitem com resignação, humildade e alegria a tarefa de trabalharem no sentido de elucidar e ampliar os conhecimentos espirituais.

Venho também para esclarecer-vos que a linha evolutiva das raças em vosso planeta não segue direcionamento único, havendo na árvore genealógica do homem atual diversas origens que, uma vez miscigenadas, originaram e resultaram nos seres que hoje conheceis. Todavia, houve muitos outros seres, antes que se chegasse aos atuais.

Algumas características das linhagens interrompidas permaneceram existindo nos seus descendentes. Outras, contudo, encerraram-se com o térmico da experiência racial, desenvolvida pelos Engenheiros Espaciais.

Sendo assim, quero afirmar-vos que não é incoerente a afirmativa que, os que hoje conheceis como negros, tenham vindo do espaço como degredados, mas que tomaram também outras características distintas, embora semelhantes na coloração de pele e tenham se desenvolvido a partir do encontro com os seres já habitantes deste planeta (os primitivos da Terra).

Miscigenaram-se, perdendo as características que lhes marcavam e distinguiam e seguiram imiscuídos na nova raça dominante neste planeta.

Margarida – O irmão poderia dizer para nós claramente quantas raças nós tivemos a partir do homem primitivo até os dias atuais?

Quantas e os nomes delas, pois temos dúvidas a respeito!

Emmanuel – Como acabei de vos afirmar, no desenvolvimento da humanidade, muitas raças foram surgindo. Vosso planeta se apresentava aos Técnicos e Engenheiros Espaciais como um laboratório e a medida em que seu trabalho avançava também foram se definindo os grupos homogêneos que constituíram a base sobre a qual a humanidade se desenvolveria. Esses grupos foram: os negros, os arianos e os orientais, que denominais raça amarela.

Cada grupo daqueles de pele avermelhada subdividiu-se em grupos diferenciados dentro de uma mesma constituição genética. Todavia, não parou aí, pois cada um deles, ao longo do tempo, miscigenou-se com outro, também constituindo grupos distintos.

Como dissemos, não há a linearidade com que vos habituais a enxergar na evolução de vossa história e a dispersão das raças sobre vosso planeta.

Os mecanismos de colonização da Terra envolveram o recebimento de espíritos degredados de muitos mundos e também de espíritos desenvolvidos no processo natural de evolução da vida na Terra. Do resultado desse encontro, surgiu o Projeto Especial conhecido no Espaço como “Projeto Terra”, que reúne inúmeros cientistas compromissados, até o fim, com o desenrolar dos acontecimentos e encaminhamentos desta Humanidade.

Nenhum de vós se encontra desamparado, qualquer que tenha sido a linha evolutiva do corpo que hoje habitais, como espíritos imperfeitos que sois.

Recebestes do Pai, Tutores preparados, elevados em conhecimento e moral, para vos propiciar as condições adequadas ao progresso e ascese espiritual. Se a queda vos alcança, foi somente vossa a escolha, posto que o arcabouço físico, moral e espiritual colocado ao vosso dispor é da mais alta e elevada qualidade, porém, só alcançando sua qualidade superior, aqueles que por esforço próprio, renúncia, humildade e cultivo das mais puras virtudes, trabalhar no sentido de conquistá-las.

Afinal, é esta mensagem que vos deixamos e aos vossos leitores. Que cada um se preocupe menos com os atos alheios e ocupem-se cada vez mais com a própria renovação íntima, acreditando sempre que o Pai é Força Superior a qualquer imperfeição humana; e todos a Ele sintonizados conhecerão em seu íntimo a verdade e a ela se dedicará, se assim o quiser.

Sois trabalhadores abençoados.

Que Jesus em Sua Infinita Bondade, permaneça abastecendo-vos as forças para o trabalho.

Margarida – O Irmão e o Chico estão aqui participando de algum trabalho por tempo indeterminado, ou apenas por algum tempo?

Desculpe-me ser indiscreta, mas o Irmão nos deu uma mensagem na semana anterior, tão linda, que nos comoveu bastante!

Emmanuel – O irmão aproximou-se de vós para o trabalho e do qual se dedica alguns dias na semana. Atraído pela mente dele, eu vim ter convosco e mais vezes assim o farei, porém, menos do que este irmão dedica, posto que outras tarefas, assumidas por mim anteriormente, me detém. Contudo, todos nós servimos ao Mestre Amado, qualquer que seja nosso “Porto”.

Margarida – Nós ficamos muitíssimos felizes. Alegria imensa invade nossos corações com a vossa presença e do querido Irmão Chico que admiramos muito e acompanhamos seu trabalho a muitos anos. As obras de Chico nos transmitem conhecimento e ao mesmo tempo nos encantam. Não poderíamos agora deixar de citar vossos livros como:

Paulo e Estevão, Renúncia, Há Dois Mil Anos, 50 Anos Depois, A caminho da Luz, Sexo e Vida e muitos outros. As obras ditadas por André Luiz, pelo Irmão X e outros. Que tesouro espiritual magnífico nos legaram!

Quantas Pérolas de Luz espalharam ao mundo! E todo esse legado de amor e luz agradecemos de coração ao humilde servo de Jesus, batalhador incansável, Francisco Cândido Xavier,, o querido Chico.

Emmanuel – Somos, para vós, apenas irmãos mais velhos que despertaram antes e descobriram a beleza de amar e servir, que hoje motiva vossas mãos no trabalho redentor.

É com grande alegria que nos encontramos, renovando nossos votos de eterna amizade e sincera dedicação e apreço.

Que todos que servem ao Cristo na matéria, possam unir-se como irmãos, como nós também o fazemos no plano espiritual. Eis a lição maior que deve calar em todos os corações. Não há mais tempo para dissensões ou discórdias intelectuais. Há tempo, sim, para serviço redentor em torno do Amor do Cristo.

Irmãos, que a paz vos alcance.

Nós vos deixamos em nome de Deus.

Emmanuel

Nota: esta mensagem nos foi dada após uma conversa que tivemos neste mesmo dia, na reunião do GESH, a respeito da obra de Emmanuel, “A Caminho da Luz”. Foi para nós uma alegre surpresa a sua presença, dandonos esclarecimentos sobre o assunto que comentávamos: A Raça Negra.

Na semana anterior, ele havia comparecido a Sessão Pública do GESJ e ditou uma linda mensagem que muito nos impressionou e comoveu. Continuo dizendo: O Espírito sopra onde quer pois também possui livre arbítrio.

Margarida

05. Terra, gigantesco laboratório miscigenador

O desenvolvimento dos sentimentos nobres da-se paulatinamente, até alcançar o amor sincero entre as criaturas. Eis o objetivo da convivência entre os seres instalados nos planetas em desenvolvimento, verdadeiros laboratórios da vida.

São planetas que recebem em seu bojo embriões inconscientes até atingirem a maturidade consciencial passando por planetas jardins, próprios para crescimento de cada fase da mônada.

A Terra recebeu, já vos dissemos, vários exilados de ferocidade diferente. Graduações de diversos níveis vibratórios juntaram-se no mesmo orbe para ali, sob as mesmas intempéries, se desenvolvessem nas múltiplas misturas até atingirem determinado grau evolutivo, quando poderiam retornar aos seus mundos de origem.

Também os negros aqui aportaram para o progresso espiritual superior.

Sob a tutela do Mestre Maior receberam o estímulo ao progresso e cada um, segundo sua capacidade e vontade, desenvolveu-se de forma lenta ou acelerada.

A raça negra portadora de gene mais selvagem e forte com maior carga de sofrimento devido a discriminação tornaram-se criaturas exiladas mais sofredoras.

A raça negra representa o trabalho, a força da coragem, a humildade, a renuncia e o perdão.

Quebram-se os elos da rebeldia quando o espírito mergulha na raça negra. Gene selvagem, espalhado em alguns pontos do planeta, perde a força inferior e ganha a força do espírito renovado e libertador.

Não importa vossa origem racial do momento, pois na trajetória que percorre os seres sobre a Terra, possuem todos vós na construção do cerne evolutivo, um pouco de cada uma, pois o planeta Terra representa um gigantesco laboratório miscigenador.

Mahyr