CAPÍTULO 07
A grande catástrofe

Como bem sabeis, a massa humana, embora se acredite livre para fazer o que deseja, na verdade torna-se a cada dia mais escrava de seus próprios instintos animais e, assim, presa fácil das desenvolvidas mentes do mal.

Filhos amados, irmãos queridos, despertai!

Não há mais tempo e a cada queda, a cada invigilância, mais e mais vos prendeis nas tramas horrendas das trevas.

Nicodemos

01. Tempos instáveis – O Dilúvio

Mergulho em um túnel. Túnel do tempo, como é chamado, e vejo milhares de naves em torno da Terra. É a época do dilúvio.

Surge um homem à minha frente. Veste uma túnica alva com debruns azuis; possui tez morena e barba longa. Faz-me um gesto para segui-lo. Em dado momento, puxa uma cortina que surgiu a nossa frente, não sei como e nem de onde veio.

Vejo uma cena e entro nela. Estou numa aldeia pobre, casas rústicas, chão de terra batida, pessoas simples aqui e ali, tudo muito semelhante às aldeias pobres de hoje.

O lugar parecia um mercado de trocas ou feira livre. Aves, utensílios e animais domésticos eram vendidos ou trocados. Uma balbúrdia sem fim.

Dentro de um galpão, encontrava-se um homem jovem, olhos fechados, parecia concentrado. Quando abriu os olhos, lançou-se para fora rapidamente, andando por entre o povo, e falando da necessidade de mudarem e acreditarem que o fim estava próximo.

Que deviam construir um barco grande onde pudessem sobreviver.

Todos riem e zombam dele, provavelmente achando-o doido ou que se tornara fanático.

Logo após, vejo-o num grande galpão, iniciando a construção.

Quando o barco ficou quase pronto, ele já estava velho.

O povo da região continuava a zombar de suas idéias loucas, todavia ele persistia e avisava-os, alertando que, uma vez o barco fechado não mais poderiam entrar, porque não mais seria possível abri-lo.

Depois dessa cena, o Ancião me leva para visitar outro lugar do planeta onde havia uma tribo diferente. Todos tinham cor branca e a mesma preocupação quanto aos dias futuros.

Saímos dali e fomos a outra região onde morava uma tribo indígena, que também pregava entre os seus a mesma idéia sobre o dilúvio. (Por aí se vê que os avisos e alertas foram dados em várias partes do mundo, como está acontecendo agora.)

Quando entraram no barco e o fecharam, permanecendo ali por muitos meses, sofrendo o escárnio do povo, a chuva começa a cair.

A principio branda e depois com maior volume. As águas sobem rapidamente, engolindo os lugares. A paisagem se modifica radicalmente e onde havia terra, vida, vegetação e animais, somente água se vê.

No início, em várias partes da Terra vê-se pessoas a correr, subindo montes, entrando em cavernas, mas, tudo em vão, pois as águas invadem tudo. Somente sobrevive quem está nas embarcações.

02. Palavras de Noé

Ouço alguém falar:

Na era primitiva, quando o planeta ainda não estava com sua geografia estável, mas habitado em várias partes e com tribos inteligentes, houve um grande abalo e uma transformação geográfica, quando as águas inundaram grandes continentes e trouxeram outros à superfície.

Os povos daquele tempo foram prevenidos, mas poucos acreditaram.

Todos os acontecimentos que trazem grandes transformações ao planeta e, conseqüentemente, aos homens são previamente anunciados aos seus habitantes. Porém, sendo os mesmos céticos e de pouca fé, a grande maioria sucumbe. Assim é e assim será, até que se transformem definitivamente, vivendo com fé em Deus e seguindo as Leis Maiores e Imutáveis que conduzem e mantém em harmonia todos os Universos.

Aqueles que deveriam escrever as palavras ditas e a vida vivida por Jesus, escreveram dentro da maior pureza de suas almas. E o fizeram dentro de suas limitações de criaturas encarnadas, aprisionadas no casulo de carne que entorpece os sentidos e embota a mente.

Deram a própria vida defendendo a verdade, na sua pureza inicial.

Aqueles que vieram muito depois e que deveriam solidificar as sublimes lições; espalhando-as qual sementes de luz que eram, nos corações da massa, deixaram-se dominar pelas Trevas que insistentemente envolvem a Terra.

Desceram à carne com promessas de trabalho e uma vez mergulhados na mesma, deram vazão aos instintos inferiores que os dominavam, entorpecendo-lhes os sentidos.

As mensagens sublimes permanecem íntegras para aqueles que tiverem “olhos de ver e ouvidos de ouvir.”

Noé

03. Ontem Noé, hoje Judas Iscariotes

Vejo novamente Noé e, com a vidência dele, volta a informação de que ele foi posteriormente o Judas Iscariotes. Suplico esclarecimento ao Mestre Shama Hare naquele momento de indecisão, pois não quero errar numa revelação de tamanha envergadura.

Então, vejo o Mestre Jesus, bem humano no Monte das Oliveiras.

Judas dormindo e Ele o observando.

Era como se Judas estivesse liberto pelo sono e seu espírito livre pudesse melhor compreender a situação do momento. O Mestre Jesus aproxima-se dele para dissuadi-lo do intento infeliz, esclarecendo-o.

O Mestre Shama Hare fala:

“Precisamos relembrar sua história, ajudando-o no despertar.

A figura de Noé que vos fala é do Arquivo Akáshico.”

Sinto-me muito emocionada e pergunto: Ele já despertou?

Lentamente desperta e, enquanto o faz, amigos o induzem a repassar suas existências desde sua criação como centelha, passando pelos diversos reinos da natureza, até chegar ao homem e daí até a desastrosa e última encarnação, que o levou a permanecer deliberadamente adormecido por tantos séculos.

Está querendo dizer que ele despertará totalmente? Mas, Mestre, ele já não havia despertado anos atrás?

Quando despertou do sono de milênios, imposto por si próprio, é que foi submetido por Técnicos e Amigos, a percorrer sua trajetória de vida pelos reinos da natureza até os dias atuais.

Shama Hare

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