CAPÍTULO 09
Atlântida

Todas as criaturas encontram-se ligadas.

O princípio da vida que anima os corpos perpassa todos como fio único, condutor da teia da vida.

Cada ser que desperta é uma luz acesa na escuridão terrena a iluminar os que ainda jazem na frieza das trevas.

Rampa

01. Surge a Atlântida

A vida dos seres humanos prossegue lentamente com seus acertos e desacertos. Para acelerar seu desenvolvimento no plano físico surgem as Civilizações Avançadas, trazendo novos conhecimentos para disseminá-los segundo Planejamento Maior. São responsáveis por sua divulgação, contribuindo para o progresso moral e espiritual daquelas almas decaídas, em fase de evolução ainda rudimentar.

Surge a Atlântida.

Após a decaída e ruína total do império da Lemúria, surge um continente novo, recém-emergido, para onde migraram alguns lemurianos que iniciaram ali a construção da Atlântida.

O planejamento dos Técnicos Siderais era no sentido de que a nova civilização traria o Progresso e constituiria o solo a fixar a boa semente, para o despertamento daquelas consciências primárias.

Vários Espíritos Superiores ali reencarnaram trazendo as marcas do Amor e distribuindo-as através do culto ao Deus Único. Também ali reencarnaram espíritos decaídos, de alta inteligência e de moral duvidosa, no ensejo de modificarem-se.

Outros espíritos, seus tutores, os seguiram de perto, para melhor conduzi-los ao mais rápido desenvolvimento moral e espiritual.

Rapidamente o progresso tecnológico se fez.

Os extraterrestres mantinham, de forma aberta, o contato com aquela civilização que lhe era afim e crescia em ciência e tecnologia. Mas os seres, cujas tendências negativas ainda vibravam mais alto em suas almas, iniciaram as disputas pelo poder temporal, fascinados pelas facilidades.

Os sacerdotes dividiram-se. Iniciou-se então o culto às trevas, a prática satanista, os rituais sangrentos e a manipulação genética a serviços menos dignos.

Afastaram-se aqueles Irmãos Maiores que vinham de Esferas Superiores e mantinham intercâmbio salutar, trazendo informações de ciências avançadas, visando sempre o avanço espiritual da coletividade.

As ações inferiores e os cultos aos seres das trevas criaram denso campo magnético em torno daquela brilhante civilização, afastando os Amigos Estelares.

Poucos habitantes mantiveram-se fiéis ao Deus Único e ao Bem.

A massa humana, deslumbrada e fascinada, deixara-se levar ensandecida pelos bens temporais, culto às formas, vida longa e progresso genético na criação de corpos. Infelizmente, a Atlântida afundou-se em queda vertiginosa.

Avisos do Alto não faltaram para que volvessem aos objetivos primordiais, traçados pelos Irmãos Superiores, de tornarem-na o Foco de Luz a expandir-se sobre a Terra. Contudo, a hediondez do mal já havia conquistado as frágeis criaturas que atreladas aos vínculos do passado, em outros planetas, mais uma vez tombaram fragorosamente.

Atlântida guardava o tesouro do conhecimento que seria disseminado na superfície planetária, através do intercâmbio entre os povos, e ainda teria a responsabilidade de ser a raça mãe do progresso redentor, encaminhando as raças futuras ao desenvolvimento científico, moral e espiritual.

Com o desaparecimento da Atlântida, o prejuízo e conseqüente atraso para a Humanidade, foi de milhares de anos. A nenhuma outra civilização que surgiu, foi dada tal responsabilidade.

O desenvolvimento da engenharia genética e sua prática desgovernada e mais o culto de rituais satânicos foram os responsáveis por sua derrocada.

Na tecnologia avançaram tanto, que nunca mais o homem na Terra conseguiu alcançá-los.

02. Atlântida, avançada civilização, submerge

Construíram naves espaciais e visitavam outras civilizações extraterrestres. Alguns cientistas atlantes, com a ajuda daqueles povos distantes, traziam novos recursos científicos. Conheciam perfeitamente o processo de desmaterialização dos corpos e materialização, sem prejuízo da matéria viva ou inerme.

Os sacerdotes mantinham intercâmbio com os Seres Superiores, trazendo o manancial do progresso espiritual e conhecimento profundo acerca do espírito e da vida multidimensional.

Quando os crimes hediondos e as criações aberrativas tornaram-se rotineiras e comuns para aquele povo e o culto à Serpente do Mal generalizou-se, deu-se o “Basta Divino”.

Todos os habitantes foram avisados, de alguma forma, do fim próximo daquela civilização decadente. Todavia, como nos dias atuais do homem moderno, poucos deram importância ou crédito às advertências recebidas.

Os que acreditaram nos avisos e seguiram os ditames do Alto colocaram-se em postura mental-espiritual superior. Foram socorridos de forma segura, de acordo com seu grau evolutivo e merecimento cármico. Aquelas criaturas conseguiram afastar-se do Continente antes das hecatombes.

Dias de horror viveu aquela humanidade, rebelde às Leis Divinas.

Cataclismos violentos aconteceram, destruindo cidades inteiras.

A vasta tecnologia e seus avançados conhecimentos científicos de nada serviram, ante a revolta da natureza e a fúria dos seus elementos. Terremotos e maremotos violentos atingiram Atlântida, fazendo-a submergir.

Nem mesmo a força dos “Magos Negros” controlou as Forças desgovernadas da Natureza e, diante do desespero e da dor da coletividade, desapareceu Atlântida, não deixando marcas visíveis para as civilizações futuras.

Alguns de vós que lêem estas palavras, ali viveram e se continuam ancorados na Terra nesses dias de transformações finais, foram daqueles rebeldes que se descuidaram do cultivo das virtudes superiores que elevam o espírito, que os conduziria às Esferas Mais Altas.

Portanto, estivestes lá e decaístes novamente.

Sejais agora portadores dos avisos de mudanças urgentes àqueles ainda inconscientes e desviados do caminho do progresso.

Sejais, no momento, pescadores de almas marcadas em vossos espíritos pelo Mestre Jesus.

Nos corações dos atlantes permanecem vivas as marcas do passado, após milênios. A grande maioria do povo daquela época encontra-se encarnada nesta hora difícil para dar o grande salto quântico evolutivo, que se recusou a dar na fase inicial de sua jornada na Terra.

Novas civilizações surgirão na Nova Terra e cumprirão as determinações do Alto de trazer aos habitantes a paz e o progresso, atrelados ao despertamento consciencial de Fraternidade e Amor.

Não mais tombarão como outrora, pois seus espíritos estarão modificados definitivamente pelo buril do sofrimento transformador e reconhecerão todos os seres como irmãos, filhos de um mesmo Pai Amantíssimo que Guia toda Sua Criação.

Não sei se sou levada até lá ou se me mostram como se fosse um filme, não a Atlântida cheia de vida, mas os seus destroços no fundo do oceano. Ruínas de uma civilização criada para progredir e impulsionar o planeta e sua humanidade a uma trajetória evolutiva, com menor grau de destruição e violência, mas que, infelizmente, não deu certo.

Vejo um templo em ruínas que tem as características romanas.

Entro. No centro de um salão semidestruído há um altar de pedra e um cristal preso numa haste. Ele é verde e brilha intensamente.

Parece um coração que ainda deseja pulsar.

03. A Atlântida iria desaparecer, porém sem sofrimento

O povo atlante sofreu as transformações corretivas devido a desobediência às Leis Divinas. Como o planeta ainda sofria intensa transformação geográfica, este povo colheu de forma imprevista as conseqüências de suas ações destruidoras.

Aquele continente iria desaparecer no futuro, pois a Terra ainda não havia se acomodado geologicamente, mas o fato ocorreria de forma natural. O povo seria transferido naturalmente para outros continentes, como havia sido planejado pelo Alto e transmitiriam o conhecimento avançado que possuíam para as outras raças que iniciavam a jornada evolutiva na Terra.

Aqueles que acreditaram nos avisos foram transferidos paulatinamente para outras regiões, outros continentes, a fim de iniciarem nova etapa de evolução na superfície. Alguns, cuja evolução espiritual já permitia, foram encaminhados a cidades subterrâneas existentes que se encontravam em grau avançado de desenvolvimento.

Alguns atlantes foram levados para a África setentrional e seriam os precursores da Dinastia Faraônica do Egito.

Povo adiantado em tecnologia e moral, criou e desenvolveu códigos secretos de comunicação e transmissão de sua cultura, somente para aqueles que vibrassem no Amor. Desse modo, por meio de criaturas espiritualmente avançadas suas orientações e ensinamentos se perpetuaram através dos tempos, sem distorções.

Construíram pirâmides gigantescas, com grande área na superfície e o equivalente em ambientes subterrâneos onde guardavam segredos codificados da sua história e da humanidade; segredos da ciência avançada que traziam e que somente deveriam ser conhecidos por poucos.

Construíram túneis extensos dando comunicação entre as grandiosas edificações, que até hoje permanecem desconhecidos desta humanidade.

Através dos cultos e Seitas Ocultistas do Antigo Egito, alguns sacerdotes que desenvolveram poderes extrafísicos, conseguiram visitar e percorrer, não em corpo material denso mas em nível dimensional mais sutil, algumas das referidas câmaras. Decifraram pequena parte dos códigos ali encerrados, mas que somente serão acessados e conhecidos pela humanidade da Nova Terra.

Alguns poucos Faraós que se submeteram aos rigorosos treinamentos iniciáticos também conseguiram visitar as câmaras ocultas, contudo sem decifrar-lhes o conteúdo secreto, mesmo que muitos daqueles Faraós descendessem dos atlantes que ali chegaram.

Akenathom, Filho do Sol, fez parte daquele seleto grupo que conheceu e visitou as construções secretas dos atlantes. Poderia tê-las decifrado em parte, mas viu-se envolvido numa trama dos sacerdotes adoradores de Moloc, que o envolveram em intrincada rede de magia negra, não tendo ele forças morais e espirituais para desvencilhar-se.

Enquanto os mistérios permaneciam velados nos templos, a magia negra alastrou-se entre o povo que a abraçou como ferramenta para resolver todas as querelas domésticas.

Muitos Irmãos Estelares Superiores encarnaram no Egito Antigo e, mesmo sem conseguirem desvendar e decodificar todos os mistérios deixados pelos atlantes, já traziam em si a energia e o saber suficientes para dar novo impulso à humanidade.

As artes, a pintura e a música existentes naquela época demonstraram a cultura e o progresso reinantes. Deveriam deixar de cultuar os deuses frios para somente adorar um Deus. Contudo, mais uma vez, não conseguiu o ser humano suplantar a fera interior que vive dentro de si e cai novamente.

A classe dos sacerdotes e sacerdotisas detinha o conhecimento e o poder extra-sensorial, mas recusaram-se a abrir as portas do templo ao povo no sentido amplo de espiritualidade. Não acabaram com a escravidão, pois aos seus olhos os seres escravizados pertenciam a uma categoria humana inferior.

Mais uma vez, somente pequeno grupo seleto consegue dar o salto evolutivo e libertar-se da roda cármica de reencarnações dolorosas.

O Egito Antigo transbordou de luxo e riqueza. Os Espíritos Superiores e os Extraterrestres Evoluídos que ali encarnaram, cumpriram sua parte junto às classes privilegiadas. Todavia, quanto à massa em geral que eles tutelaram, falharam de forma dolorosa, levando-a não intencionalmente a situações precárias, mas provocando a dinamização do seu potencial evolutivo inferior, caindo para os abismos, criando mais dores futuras.

O Egito foi brilho e queda para raças importantes que deveriam er construído sólido alicerce moral entre os povos para enfrentamento dos acontecimentos futuros.

Os atlantes que fugiram das hecatombes espalharam-se por alguns pontos do planeta e ali construíram pirâmides onde plantaram sua história e deixaram conhecimentos avançados de tecnologia para aqueles que conseguissem decifrá-las.

Muitos de vós do GESJ aqui presentes estivestes no Egito Antigo na roda cármica que vive vossos espíritos, pois tivestes muitas oportunidades de viverdes com Seres Superiores a conduzir-vos nos caminhos.

As oportunidades foram muitas, mas somente alguns de vós despertastes quando vivestes, milênios após, na época do Sublime Peregrino.

O homem comum busca complicadas fórmulas para avançar na senda evolutiva, porém esquece que o Mais Perfeito dos Homens foi simples criatura do povo e praticou a mais natural Lei da Evolução: o Amor.

O Amor é tudo, sem Amor não há nada, nem Criador, nem criaturas. Apenas escuridão.

04. A Atlântida perdida dos meus sonhos

Na Atlântida vivi, sem contudo usufruir da força libertadora que ali existia.

Alma decaída e fraca, lancei-me na escuridão, despertando sob o olhar do sábio Ser Ramatis e sob o impulso de Jesus.

Ramatis me socorreu.

Jesus, Divino Amigo, despertou em minha alma a vontade de viver, e para a Luz me lancei.

Jesus, Doce Luz. Segui-l’O é o meu viver.

A Atlântida perdida, guardo-a nos meus sonhos.

Sintonizados na Luz, percorrem o espaço. Ancorados na dor, arrastam-se na lama as criaturas da Terra.

A Luz está presente, convidando todos a despertarem para o amor. Amor que une as criaturas.

Deixai-vos levar, criaturas irmãs, pelo Sublime Amor de Jesus.

Jesus, Luz que a todos conduz, lançai Vosso Amor às criaturas presas na escuridão de si mesmas.

Rochester

05. De discípulo a Mestre me tornei

Atlântida, Foco de Luz. Paraíso!

Ali vivemos e, porque não dizer, renascemos para o espírito, despertando a consciência, vibrando no Amor de Deus.

Desceu pequenino pedaço do céu à Terra e formou-se a Atlântida, Terra Dourada, resplandescente.

Superadas as primeiras vergastas da encarnação, quando o espírito apossou-se do eu consciente, vislumbrei a Luz e me lancei sobre ela, ávido por me deixar fundir. Sonho vão, pois muito ainda haveria de trilhar nas estações da Terra, até alcançar o foco de Luz à frente.

Naquela Terra Dourada, moldei o espírito em nova forma, no molde que o Pai criou, e decidi-me pela Luz, acendendo no meu íntimo a primeira lâmpada que me sustentou na ascese.

Iniciado nas provas dos milênios, busquei absorver na alma os ensinamentos de rara beleza ministrados por Mestres Superiores.

Alma rebelde e decaída, naquele momento fundi-me com o Divino, dando o primeiro passo de retorno à morada perdida.

Deus Sol, ali o conheci e o amei, de discípulo a mestre me tornei.

Hoje, gravada em ouro nas minhas lembranças, Atlântida, berço da transformação de minh’alma, guardo-a viva dentro do meu ser, qual jóia de rara beleza.

Akenathon

Akenathon se apresenta aos meus olhos espirituais como sacerdote Atlante. Túnica azul, com mangas compridas, bordada com fios de ouro formando arabescos. Na cabeça, um pano que lhe cai até os ombros, da mesma cor da túnica e com desenhos dourados. Tez morena.

06. Em Atlântida iniciei o vôo da libertação

Jesus, Luz Divina, recebeu-nos com tanto amor, infelizes criaturas, almas decaídas, ignorantes e rebeldes que éramos.

Nós não O entendemos. Deu-nos novas chances e abriu-nos novas portas para o recomeço.

Seu Terno Olhar impregnou-me o ser. Busquei-O por todas aquelas vidas e por Ele iniciei o vôo da transformação.

Alma já desperta, em uma de minhas encarnações na Atlântida, conheci a história d’Ele e da formação do planeta; através de mais esforço e vontade, alcei o vôo da libertação, buscando entendê-l’O e alcançá-l’O.

Alma já liberta, tudo devemos a Ele, que nos recebeu como filhos em Seu lindo planeta.

Hoje, transformada após a libertação, sob Seu Comando Amoroso, Suave Jugo de Amor, continuo lutando pelas almas daquela época.

Jesus, Luz Irradiante de Beleza, Farol das almas em queda, a Vós servimos com Amor.

Nefertite
Sacerdotisa da Luz

07. Não podendo suportar-lhes a Luz, fugi

O despertar da consciência acontece quando a alma já se encontra pronta.

Na Atlântida vivi, mas ali não despertei, continuei no caminho da ignorância.

Com os Mestres da Luz vivi e não podendo suportar-lhes a Luz, fugi.

Novo encontro vivi com os Mestres, mas dessa vez, junto com Jesus, despertei finalmente para a Luz.

Sustentado pela Luz, trabalho sem descanso para merecer o retorno à casa perdida.

Jesus, Doce Luz, Ramatis, força libertadora, conduzi vosso discípulo ao aprisco do Senhor.

Rampa

08. Trabalhadores da Paz

Para vencer a inferioridade latente,

discípulos nos tornamos

daqueles Mestres Iluminados,

que aqui viveram na Atlante de Luz,

a despertar almas irmãs,

perdidas na escuridão, na dor,

tentando alçar vôo libertador.

Mestres de outrora!

Nós vos seguimos por onde for.

Em Seu nome buscamos hoje,

despertar as almas ainda adormecidas na dor,

ignorando o Sol

que infunde amor

Mestres da Luz

por vós somos hoje

Trabalhadores da Paz

Rama Schaim