CAPÍTULO 10
Astecas, Incas e Maias

Toda materialização do mal nasce anteriormente nos planos extrafísicos, assim como toda doença, antes de manifestar-se na matéria, é forjada pelos pensamentos existentes e doentios destituídos de Luz.

Desligai a mente das violentas ondas de revolta, apego excessivo e desamor, reduzindo o combustível que há milênios alimenta as criaturas em confrontos sangrentos e disputas intermináveis trazidas para o plano físico, mas nele não iniciadas.

Niram
Jardineiro do Espaço

01. Sofredores noturnos de uma noite sem fim

As criaturas, não mais concentradas em restritos grupos humanos, mas dispersas pelos continentes, deram prosseguimento ao processo de evolução e ocupação do planeta, alternando encarnações, formando as células cármicas grupais que unidirecionaram o caminho das civilizações, distinguindo-as dentro de determinado perfil psicológico-espiritual.

Assim, os Astecas, Incas e Maias, derivados do mesmo tronco, definiram-se por diferentes linhas evolutivas, concentrando-se sobretudo nas cadeias andinas, o ponto principal de suas encarnações.

Povo belicoso no passado, foi trazido à Terra para nova oportunidade de elevação moral-espiritual. Foi-lhes retirado o gene principal no processo de transferência planetária, através de técnica aprimorada. O ato teve por objetivo favorecer a modelagem de novos corpos, nos quais os espíritos encontrassem barreira à livre manifestação de seus instintos mais inferiores. Contudo, não foram eliminadas tais características. Foram lentamente sendo reintroduzidas, após certa carga de conhecimento ter sido levada aos habitantes dessas civilizações.

Quando dotado de inteligência capaz de processar os conhecimentos transmitidos pelo Alto, os seres adquirem as condições de dobrarem seus instintos primitivos, domando-os em favor de seu próprio progresso.

A reintrodução nos humanos dos pesados conteúdos energéticos, não ocorreu sem antes haverem sido preparados os primeiros homens receptivos aos genes suprimidos do passado. Mesmo assim, e com toda a preparação pré-encarnatória, muitos sucumbiram, disseminando sem medida a carga deletéria na forma de atos de perversidade e de cultos satânicos, que são desprovidos da concepção elevada do Amor Divino.

À grossa camada de miasmas terrenos, associou-se a carga genética espiritual densa, fazendo-os voltarem-se mais para os valores terrenos do que para os espirituais.

Suas quedas decorreram simultaneamente à libertação desenfreada de seus instintos, muito embora os conhecimentos acumulados de outras existências em longínquos orbes e os adquiridos na Terra os tenham elevado acima de muitos outros grupos humanos.

Aqueles que vieram para tornarem-se “anjos” investiram-se dos poderes do “demônio”, para dar-lhe fácil manifestação na matéria.

Quanto sangue derramado!

Quantas crianças imoladas e mutiladas!

Quantos jovens ceifados em sua inocência e pureza. Crimes que se encontram registrados e marcados nos corpos dos algozes e das vítimas renitentes no ódio e no desejo de vingança.

Hoje, encontram-se espalhados, reencarnando aqui e ali, na tentativa de drenarem o pus das inflamações de suas almas.

Sacerdotes incas, cientistas maias e filósofos astecas foram espíritos destinados a levar ao seu povo as chaves da renovação e ascensão espiritual, mas lhes trancaram as portas, deixando-os sem a visão necessária ao caminhar.

Feiticeiros, magos, bruxas e medíocres ogres daquela época encontram-se espalhados pelo orbe, arrastando atrás de si um sem número de vítimas depauperadas e ensandecidas.

Os seres humanos jamais poderão enfrentar os Desígnios Maiores, fazendo prevalecer suas vontades insignificantes. Somente a força da renúncia e submissão vos permitirá enxergar o caminho, muitas vezes tortuoso, que devereis trilhar, na esperança de um dia vos encontrardes renovados e felizes, após longas lutas travadas com vossos demônios internos.

Segui confiantes, mas não vos entregueis a torpe idéia de poder e supremacia, pois somente a Deus pertence o poder. Todo aquele que avançar contra Suas Forças e Leis tombará terrivelmente, arriscando-se na dura senda dos decaídos, sofredores noturnos de uma noite sem fim.

Comandante Yury

02. As investidas das Trevas

Incas, Maias e Astecas materializaram conhecimentos milenares trazidos após longo período de preparação e tratamento, quando decidiram reunirem-se sobre a Terra, valorizando o conhecimento adquirido, sem desprezar aspectos espirituais.

Para tanto, receberam em sua preparação, antes de reencarnarem, características que favoreceriam a comunicação com o mundo astral.

Uma vez reencarnadas, grande parte das criaturas com sensibilidade extra-sensorial acabaram por permitir, devido aos seus deslizes morais, a comunicação de seres menos evoluídos que sorrateiramente aproximaram-se, seduzindo as mentes fracas com promessas vazias de prestígio, lucro e prazeres.

Nenhuma daquelas civilizações foi capaz de driblar ou resistir às investidas das trevas. As três raças fracassaram em sua jornada evolutiva, cuja finalidade era transmitir na matéria os belos ensinamentos dos espíritos.

Os Celtas, remanescentes daqueles povos, insatisfeitos com o desdobramento dos fatos, resolveram dar seguimento ao nobre propósito e foram eleitos para dar continuidade à obra.

03. Caem os Incas. Origem dos vampiros

Vejo um ritual de sacrifícios. Um sacerdote ricamente vestido, com capa de veludo azul marinho, debruça-se sobre pequena criança assustada que se encontra deitada à sua frente em uma cama de pedra.

Ele levanta os braços, segurando com as duas mãos uma afiada adaga. Ergue a cabeça, profere estranhas palavras, e desfere golpe fatal no peito da criança, que morre imediatamente, ferida em seu coraçãozinho.

Após esforço visível, retira-lhe o órgão vital e, em transe, devora-o ainda quente e banhado em sangue, que escorre e respinga por toda parte.

Vejo no plano astral que, depois de terminada a macabra cerimônia e saciada a fome do “ser incorporado” no sacerdote, outros vampiros menores aproximam-se, sugando os restos de energia do sangue. São formas esbranquiçadas, de corpo miúdo e corcundas, lembrando anões com asas e fronte de morcego.

Refestelados, todos dormem. Surge então um grupo de homens guerreiros, que se aproximam sorrateiros. Eles atacam a cidade, invadindo ruas e construções, assassinando sem piedade seu povo.

Alguns tentam fugir, mas os invasores são numerosos e perseguem a todos. Julgam, no seu fanatismo religioso, estarem livrando a Terra dos demônios. Os sobreviventes foram raros.

Do outro lado da vida, os vampiros alvoroçados locupletam-se das energias mórbidas do medo, do ódio e do muito sangue derramado.

Caem os Incas. Desaparece, desse modo, um povo capaz de construir as maiores obras de engenharia, mas incapazes de solucionar as simples questões morais espirituais renovadoras.

04. Caem os Astecas

Derrotam-se os Incas, caem os Astecas. Sobrepujam-se a eles civilizações estranhas, renegando-lhes completamente a cultura e os conhecimentos matemáticos. Consideram-nos inferiores, devido a prática de seus empobrecidos rituais religiosos.

Daquelas antigas civilizações, o que lhes parecia caminho da salvação, foi-lhes caminho da própria perdição.

Mesmo diante da derrocada maciça, uma vez desencarnadas, as criaturas pertencentes a tais grupos (Incas e Astecas) reuniram-se, buscando maneiras para resgatarem seu passado espiritual, quando novamente mergulhassem na matéria.

No entanto, não mais obtiveram autorização dos Instrutores Superiores e Engenheiros Siderais para tentarem tal resgate.

Saíram então a vagar pelo espaço do plano imaterial, em busca de oportunidades individuais de manifestações. Muitos encontraram a chance através do sacerdócio. Encarnaram-se em outras civilizações e ao longo dos séculos seguintes contribuíram para trazer do plano espiritual ao material, o conhecimento do Alto recebido gratuitamente.

Muitos encarnaram no Egito, na Suméria, no Catar. Subiram rios, desceram rios, dispersaram suas forças nas lutas fatigantes do cotidiano terreno. Os Mouros, os Celtas e outros tantos povos receberam fortuitamente os valorosos conhecimentos trazidos pelos antigos sacerdotes.

Ainda hoje, vagam entre vós, na pátria Brasil, alguns remanescentes daqueles tempos.