CAPÍTULO 11
Domínio sobre o povo

Renunciai aos ditames mercenários do vosso ego idólatra e curveis vossa fronte ante os sinais que vos chegam; são as luzes a piscar, indicando-vos que deveis estar atentos aos tempos que viveis.

Recolhei-vos na compreensão da extrema hora que enfrenta vossa humanidade, aceitando o tempo de despertar que vos salta aos olhos.

Ais-lam de Alfa e Centaurus

01. A Revolução Francesa e seus efeitos

A Revolução Francesa despertou o instinto inferior, latente nas criaturas. O que poderia ser uma transição pacífica, transformou-se numa aberração sanguinária, disputas pessoais e acertos de contas entre as criaturas encarnadas e desencarnadas.

O aviltamento do ser humano toma grandes proporções, sufocando por completo o grito de Liberdade, Fraternidade e Igualdade.

Espíritos que milenarmente se confrontavam, não conseguiram superar os desentendimentos pela causa coletiva. Sempre o egoísmo e o orgulho comandando as mentes e ações humanas.

Passados os primeiros tempos em que os revolucionários assumem o governo, a pobreza assola o continente e, sob forte pressão e conchavos, erguem-se novamente como nação de poder. No entanto, seus alicerces morais foram abalados, por deturparem os preceitos básicos e superiores de transformação Liberdade, Igualdade e Fraternidade que ainda se mantém hasteados, sem conterem a força propulsora da verdade libertadora.

Permanecem apenas como símbolo de prepotência e domínio.

A França perdeu grande oportunidade de lançar-se como pilar moral e espiritual de libertação das consciências. Mudando aquela trajetória, perdeu-se na libertinagem, preconceito e orgulho de raça.

Na atualidade, nação rica ante o mundo, todavia, internamente, suas chagas morais não são suplantadas pelo esforço heróico de alguns artistas, cientistas e filósofos.

A libertação sexual desmedida e aberrativa, os abortos já banalizados, trouxeram desequilíbrios que dificilmente serão normalizados no tempo previsto para o ciclo planetário.

As Colônias Socorristas do plano astral multiplicam-se e os Educadores da Luz buscam mudar o curso desviado de sua trajetória na Terra sem, contudo, conseguirem atingir um número significativo de criaturas.

O símbolo tríplice perdeu-se, enfraquecido pelos desvios do caráter humano.

Mesmo o Espiritismo, que teve ali suas origens, não conseguiu lançar raízes profundas, pois sendo de caráter superior, moral e espiritualmente, não encontrou terreno fértil para implantar-se nos corações, já bastante contaminados e viciados no erro. Não houve mansuetude, humildade ou boa-vontade suficientes nas consciências dos franceses para manterem-se e lançarem-se como celeiro espiritual do planeta.

Em suas mentes orgulhosas, somente o poder belicoso os eleva como nação dominante e importante no orbe. Viam no Espiritismo apenas um passatempo banal para as horas de lazer.

Lançou-se o espiritualismo no mundo através da força sacrificial de seus adeptos, pois a massa humana para a qual foi lançada não aceitou seus sublimes ensinamentos superiores. Mais uma vez a humanidade vira as costas ao progresso espiritual, preferindo manter-se atrelada à matéria animal.

O caos planetário vigente existe, justamente pela recusa dos homens de mudarem as sensações pesadas e materiais, pela sublimidade imaterial do espírito: Libertarem-se da Besta e lançarem-se às Hostes Superiores.

Não conseguem superar a própria inferioridade em busca da Luz.

“Igualdade, Fraternidade e Liberdade”. Poucos entenderam sua

força e estes poucos ainda labutam por despertar as consciências ignorantes e adormecidas.

A França possui intenso carma negativo com o planeta, pois tem contribuído, ao longo de sua história, com a devastação planetária e o abastecimento dos redutos abismais com o sangue vertido dos irmãos.

Seu território necessita ser cauterizado, esterilizado para dar lugar à nova Terra. Portanto, desaparecerá.

Todas as civilizações devem contribuir com o progresso planetário, mas os seres humanos têm habitado a Terra comportando-se como aves de rapina, usufruindo de todos os meios, sem contribuírem para seu desenvolvimento moral e espiritual e dos meios para manter a sobrevivência.

02. Comentários sobre a França

Esse povo destinado a tornar-se berço da civilização humana negligenciou sua tarefa, inebriando-se com o transitório sentido do poder.

Napoleão, que nascera destinado a erigir forte barreira contra o avanço de “forças involuídas”, cedeu, ele mesmo, aos anseios da época, entregando-se mortalmente aos desejos da carne.

Como medianeiro preparado para executar grande empreendimento, sofreu intervenções profundas em sua tessitura espiritual, no intuito de atrair para si as condições necessárias ao intercâmbio, entre o mundo físico e o espiritual, de maneira permanente e positiva.

Napoleão teve seu corpo dilacerado e atormentado por dores atrozes, por faltar ao compromisso espiritual com o “planejamento cármico”, pois desviando-se do roteiro salvacionista da humanidade, atraiu para si desequilíbrio terrificante.

Ainda em vida, distanciado dos Seres com os quais firmou contrato de liderança positiva nas lides terrenas, tornou-se alvo fácil para aqueles que tudo fazem para confrontar a Força Divina. Uma vez desperdiçada a chance de renovação, viu-se a criatura desesperada, vindo a falecer antes do tempo.

O sentido de toda a energia enviada pelo Alto, por acréscimo de Misericórdia do Pai, tinha por finalidade, não o poder temporal, o domínio da França, mas fazer crescer um povo capaz de valorizar aspectos espirituais, de forma a impedir o crescimento e alastramento daquelas idéias exclusivamente voltadas para a matéria, que segundo a observância dos Engenheiros Siderais já vinha embrionária, desenvolvendo-se lenta, mas progressivamente.

Dado à contemplação, aos sentimentos amorosos e aos pensamentos filosóficos, sua missão era cultivar, no meio da humanidade, ideais humanitários que firmassem forte antagonismo ao descontrolado mundo industrial, planejado, desenvolvido e implantado por cientistas associados a mentes em desequilíbrio.

Quando, por força de sua própria história, a humanidade entregou-se ao beneplácito dos conhecimentos adquiridos, enveredando-se perigosamente pelos caminhos escuros da ilusão material, a Engenharia Sideral que estava sempre atenta, operando energias e realizações capazes de fazer descer entre os homens noções reais da vida espiritual, ofertou àquele conjunto de seres (franceses) historicamente agrupados, a oportunidade de conhecer e utilizar como ferramenta, a energia evolutiva para impulsionar seu próprio progresso.

Hoje, o mesmo está ocorrendo num esforço conjunto de terrestres, extras, intras e humanos desencarnados, Seres especializados que vos procuram, não para provocar pânico inconseqüente, mas para inscrever em vosso nível consciencial a derradeira oportunidade de renovação e o salto qualitativo espiritual que podereis dar nessa hora.

Naquele tempo nossos planos ruíram, pois aquele destinado a servir enveredou-se pelas tramas traiçoeiras do poder político, embriagando-se nas vaidades temporais.

De nossa parte, estivemos presentes todo o tempo, intuindo-o na edificação de um pensamento unificante que primasse pela constituição de um só povo, sem fronteiras, dirigido por um governante, soberano em sua atitude moral, equilibrado o suficiente para haurir do Alto as orientações e prerrogativas de seu governo. O triste fim levou-nos a desviar a carga de energia espiritual extra concedida para realização de sua tarefa, antes que fosse maior o seu comprometimento espiritual. Assim ficou aquele ser, entregue às suas próprias energias e a rede de intrincadas relações que estabeleceu no uso de seu livre arbítrio.

Assim foi, assim é e assim sempre será. Somente aqueles realmente dispostos ao trabalho sacrificial, à renúncia e à entrega total à Causa do Bem são dignos de receber do Alto as fortes vibrações para combaterem as Forças Retrógradas.

Finalmente, não havendo mais motivo para nossa presença, como acontece nos dias atuais, também foram retiradas as fontes mantenedoras de muitos grupamentos humanos destinados a receberem e ancorar na Terra as energias superiores.

03. Confúcio e a China

Nós vos saudamos em nome da Luz!

A Paz esteja convosco.

Irmãos, a história da humanidade terrestre descreve uma trajetória tortuosa. Em muitos momentos, a Providência Divina lançou luzes edificantes através das ciências, das artes, da literatura.

Mentes preparadas reencarnaram, trazendo consigo o cabedal de conhecimentos minuciosamente selecionados para acrescer à intelectualidade nascente. Através dos tempos, Pitágoras, Hermes, Dante e Michelangelo, dentre muitos, avançaram sobre o primário pensamento humano, enxertando-lhe os “genes” dos espíritos superiores, através de seus pensamentos elevados.

A esposa de Confúcio foi criatura altamente evoluída, originária de Vênus. Viveu durante anos o processo de descenso vibratório, até tornar possível seu reencarne na Terra.

Quando, por fim, concretizaram-se seus valorosos planos, teve sua oportunidade de legar ao povo chinês elevado código moral, que acabou por disseminar-se, lançando novos horizontes espirituais nas mentes cristalizadas nos rituais primitivos.

Sua atuação como espírito missionário foi curta, porém intensa, deixando no seu companheiro, fortemente impregnado por suas idéias, a habilidade de fazer florescer a sementeira de luz.

04. O povo chinês

Núcleo humano, cujas características fogem ao comum, origina-se do encontro de duas raças primitivas desenvolvidas na Terra, misturando-se parte da raça decaída e parte da raça planetária. Esta última originou-se da fusão entre dois tipos humanóides de diferentes linhagens. Desse longo processo surgiram os chineses. Seres que por sua condição física têm estrutura corporal frágil, porém são dotados de habilidade intelectual capaz de garantir-lhes a sobrevivência nos ambientes hostis do mundo primitivo.

Logo cedo, quando constituídos, encontraram nas escarpas do território asiático o ambiente propício à sua aglomeração e desenvolvimento social. Sua morada era escavada nos despenhadeiros, em condições de difícil acesso para todos os seres vivos potencialmente inimigos, humanos ou animais. Grandes cordas, feitas de cipós, serviam-lhes de elevadores naturais, permitindo-lhes o deslocamento vertical entre os diversos “slumbus”, como eram chamadas as cavernas escavadas nas paredes das íngremes montanhas.

Altos traços reprodutivos garantiram a rápida proliferação desse estranho povo, cujo hábito alimentar acompanhava as condições de moradia e consistia na ingestão de ovos dos ninhos de aves e brotos dos arbustos ou de pequenas árvores que se desenvolviam na região.

Somente em caso de extrema necessidade ou em tempo de festa, um bom número de moradores, munidos de lanças e flechas deslocavam-se até o solo para caçar, realizando grandes encontros coletivos em “slumbus” centrais.

Quando não mais se sentiram ameaçados pela força dos animais pré-históricos e tendo já desenvolvido avançadas técnicas de defesa e habilidades corporais, desceram dos paredões das montanhas e iniciaram a formação dos primeiros núcleos humanos asiáticos em terra firme.

Entretanto, apesar de todos os esforços da Espiritualidade, a marca da superioridade trazida pelos decaídos exerceu influência na constituição do conjunto básico de características desse povo, pois o instinto de dominação aflorou juntamente com o desabrochar de sua inteligência avançada.

O povo chinês, cuidadosamente preparado para enfrentar as adversidades e carrear para o orbe a carga de luz capaz de orientar vossa humanidade nas trilhas do amor fraterno, sucumbiu diante da inteligência avançada, associada aos desejos de poder e de dominação.

Ainda nos dias de hoje se revelam presentes e marcantes, trazendo desagradáveis conseqüências para os povos vizinhos.

05. O povo tibetano e o povo coreano

O povo tibetano também se originou das dissensões no passado e representa a reunião daqueles indivíduos pertencentes ao tronco original das duas raças que se cruzaram. Entretanto, na medida em que iam despertando, reencarnavam distantes de seu país de origem, buscando estudar, conhecer e enveredar pelos caminhos da vida espiritual.

O povo tibetano de hoje é descendente dos chineses de ontem, que tendo despertado, escolheram novo caminho para sua redenção espiritual. Entretanto, deixou gravado no espaço o carma de suas conquistas violentas do passado. A submissão atual ao jugo chinês vem resgatar o carma na forma de humilhante dominação.

Também o povo coreano, em passado remoto, desmembrouse do tronco original, trilhando caminhos tortuosos de endividamentos cármicos, que longe se encontram ainda de esgotarem toda sua carga energética.

Grupo violento e belicoso, tentou no passado, de todas as formas, dominar o pensamento de seus predecessores, sem sucesso. Decidiram então por amotinarem-se. Migraram para novo território, deixando atrás de si extensa história de conquistas e aprendizados de artes e artesanatos dos mais diversos tipos.

As artes marciais de hoje, nada mais são do que expressão de sua sensibilidade artística; tanto mais aguçada, quanto sem belicosidade, buscando assim, equilibrar essas forças tão antagônicas.

O território ocupado por esses povos, devido sua grande extensão, condicionou seus habitantes a permanentes esforços físicos e constantes desafios mentais para superação dos obstáculos de toda espécie, apresentados no caminho.

Também as grandes extensões de cadeias de montanhas desenvolveram nas criaturas, pensamentos, idéias para elaboração de estratégias e ações condizentes com suas necessidades e possibilidades físicas. Daí a grande habilidade intelectual, aliada à condição física de herdeiros dos elevados “construtores marcianos decaídos”, dentre outros seres também degredados de outros planetas.

As diversas técnicas de lutas e artes marciais derivam da formação guerreira do povo marciano, que ainda conserva no espírito a força do combatente de outrora.

A decadência moral acompanha a ruína das civilizações. Por mais avançado que seja um povo, ele só se encontra apto a galgar os degraus evolutivos superiores se atinge a cota mínima de evolução moral, capaz de sustentá-lo em forças vibracionais mais elevadas.

Em vão, o ser humano persegue a tecnologia facilitadora da vida cotidiana. Só a condição moral digna e edificante pode alçá-lo para além das esferas animais, conferindo-lhe status e realização de ser superior.

Ignoram, ainda hoje, estacionados no deslumbramento das possibilidades intelectivas da limitada mente humana, que sempre superior é o corpo causal aproveitado em sua totalidade vibratória e ascencionado pela força do trabalho redentor.

Mentes brilhantes, corações indigentes.

Almas enfeitiçadas pelo poder temporal.

06. A Rússia

É difícil para o homem enxergar o quanto lentamente vem galgando os degraus evolutivos.

Se, na matéria física, houve grandes transformações, no plano espiritual não houve equivalência.

Renitente no erro, devido a grande rebeldia às Leis de Deus, percorre a escada de Jacó a passos muitíssimos lentos.

A grande maioria dos humanos perdeu-se da família espiritual e qual ovelhas desgarradas, afastam-se cada vez mais do redil.

As diversas raças dos humanos provenientes de planetas distintos trazem, no íntimo de cada uma delas, características inferiores que lutam por dominar no plano físico e no astral e esforçam-se por sobrepujar sua inferioridade, sem, contudo, conseguir.

Os russos, de índole violenta, habitam região inóspita e fria, para contrabalançar seu caráter esquentado, violento e insensível.

Sua história está repleta de injustiças sociais e domínio pela força. O próprio povo vem sendo massacrado ao longo de sua trajetória.

No torvelinho das encarnações, vêm construindo grande malha densa e de difícil destruição, com a prática abusiva da magia negra que elevou e destronou czares e príncipes, mantendo o regime feudal escravizante por longo período de sua história. As próprias religiões usaram e abusaram da magia negra para manterem-se no poder.

As lutas renhidas na matéria têm domado seus espíritos rebeldes.

Para que uma civilização galgue os patamares evolutivos, precisa haver transformação de sua coletividade em direção ao bem comum, todos se ajudando mutuamente, sem prejuízo a ninguém.

A mão-de-ferro do Governo Comunista tomou para si a função de implantar igualdade entre os homens, sem, contudo, aplicar a si mesmo.

O progresso da nação estacionou material e espiritualmente, pois não valorizou o bem e os sentimentos nobres que elevam as criaturas.

A violência desmedida para fazer valer a vontade governamental, a liberdade vigiada da população e a opressão excessiva levaram o povo a explosões de ódios e violência.

O povo russo de índole violenta está sendo domado a custa de opressão e guerra.

07. Povos nórdicos e os bandidos do espaço

Relegados aos últimos lugares na descida a Terra, os povos órdicos deixaram-se contagiar de uma rebeldia maior.

Sua vinda marcou o encerramento dos tipos que constituíram o povo da Terra. Coube-lhes serem os últimos porque os Irmãos Maiores trabalharam neles mais detidamente, procurando amenizar-lhes sua ferocidade e rebeldia.

Paisagens belíssimas e apaziguadoras foram-lhes designadas como refúgio terrestre. Foram colocados em um clima gélido, porque isso influenciaria o temperamento belicoso e as manifestações emocionais daqueles seres.

A beleza e serenidade dos campos e matas tinha por finalidade trazer-lhes a ponderação no pensar, falar e agir, pois o mergulho na matéria é o amplificador natural das emoções humanas.

Por mais preparada que seja uma equipe de trabalho e por mais afinados que sejam seus equipamentos, ainda assim, serão imprecisos para detectar a intensidade da manifestação dos distúrbios psíquicos represados no espírito e libertos quando encarnados.

Assim foi com os Povos Nórdicos, herdeiros da última etapa do descenso vibratório. Chegaram, através da reencarnação, homens e mulheres fisicamente fortes e bem preparados para a jornada na matéria; porém, criaturas infantis na aprendizagem moral, que lhes deveria guiar no novo ciclo de reencarnações que se iniciava.

Aos corpos desses irmãos destinou-se grande tempo no astral para preparação e depuração, entretanto, seu proveito foi muito pouco ou nenhum, pois além de não aproveitarem os benefícios espirituais, vieram a ligar-se com os bandidos do espaço, tornando-se fácil e rapidamente seus escravos fiéis, sem vontade própria.

Avançaram sobre os demais irmãos que aqui viviam, arrasando vilas e lugarejos. Expandiram-se em grande território, hoje denominado Inglaterra.

A frieza de seus corações impediu de usufruirem das mais elevadas técnicas de socorro espiritual, desperdiçando grande parte da energia empregada no sentido de corrigir-lhes a rota evolutiva.

Como se não bastasse, aliaram-se a execráveis criaturas, encontrando o reforço de que precisavam para avançar, cada vez mais, sobre todos aqueles que encontrassem. Removiam violentamente do caminho, tudo que pudesse representar impedimento ao seu avanço.

Nenhuma raça jamais alcançou ou alcançará a realização plena de seus cidadãos construindo seu caminho sobre os escombros de outras nações.

Menos digno é o proceder daquele que, para realizar-se em sua totalidade, retira de seu próximo aquilo que necessita para si. Grandes perturbações assolam o mundo com o avanço da ânsia pelo poder. Muita dominação surgiu no exercício da ganância desmedida.

Temo-vos dito que para os espíritos não há fronteiras. Portanto, inconcebível que seres encarnados originalmente em determinada parte do globo reencarnassem ali eternamente. Ao contrário, é bom que as criaturas se intercambiem, para que na troca de experiências e conhecimentos seja favorecida sua existência e sua evolução.

Os ódios sem limites espalham-se sobre o globo, desrespeitando a Lei de Amor, arrasando fronteiras, perpetuando os conflitos entre irmãos.

Ódios milenares precisam ser destituídos de seu fortíssimo apelo vibratório. O que fazer? Como fazê-lo?

Cabe-nos agora, procurar atenuar-lhes o efeito malsão e orientar-vos para que cuideis de vossas obras. Que elas representem a força de vosso trabalho e seus frutos sejam saborosos, não importando a quem sirvam.

Natanael

08. O progresso planetário

Ao longo dos milênios, o planeta vem sendo tão explorado que hoje oferece ao homem apenas o básico para sua sobrevivência.

O planeta agoniza e o homem insiste em imolá-lo.

O despertamento da consciência coletiva para a proteção ambiental não é suficiente para evitar as explosões nucleares, a deterioração do ar, a contaminação dos rios e mares, a derrubada indiscriminada das árvores e a destruição do homem pelo homem.

Há mananciais intactos, verdadeiros oásis, escondidos dos olhos humanos ávidos de rapina. Esses mananciais são tesouros que sustentam o planeta e garantem a seiva da vida.

Amemos o planeta.

Todas as civilizações da Terra contribuíram para a construção dos grandiosos abismos inferiores, onde habita a “Grande Fera”. Sua manutenção e alimentação ao longo das eras foi e é garantida pela insanidade das mentes humanas rebeldes.

A força dos pensamentos desgovernados das criaturas vem abastecendo, satisfatoriamente, as regiões abismais.

Cada consciência que desperta para a necessidade de mudança mental e de conduta, luta por conservar-se desligada da força das trevas e passa, após reequilibrar-se, a lutar por desfazer o longo caminho perigoso e imundo que ajudou a construir.

Meus irmãos, o ciclo planetário que se finda não será suficiente para o despertamento de todas as consciências, mas o abismo planetário já se encontra em fase de extinção, mesmo que milhares de mentes continuem a abastecê-lo.

As mentes já despertas e aquelas que estão despertando nessa hora geram, dentro de si, a Força Crística capaz de sobrepujar todo o mal na Terra. Unidas, banirão os abismos insondáveis e as mentes em desequilíbrio que os mantém. Perdendo as forças, seguirão sua trajetória de vida em outros orbes compatíveis com sua vibração e seu merecimento.

Todo o planeta agita-se ante a perspectiva de libertação do jugo destruidor que mantém escravizados milhares de humanos.

A Terra clama por reequilibro e pacientemente aguarda o momento de sua libertação.