1° CAPÍTULO
Povos e religiões

Hoje, no final do ciclo planetário, o conceito de fraternidade é apenas discutido pelas grandes nações, sem aplicação prática por nenhuma delas.

A falência é do ser humano, que não soube cultivar as nobres virtudes, em detrimento dos instintos inferiores latentes em sua alma.

Repetirá, sim, e de forma áspera, as lições negligenciadas, em um novo Orbe.

Lobsang Rampa
Lama Tibetano

01. O Povo Judeu

P: Mestre, em minha mente uma pergunta se repete: porque justamente na região onde viveu Jesus, o ódio renitente impera, provocando tantas guerras e divisões?

R: Povo belicoso e incrédulo, os judeus insistem em dominar tudo que os circundam, inclusive as vidas humanas, cuja essência deve ser, na sua concepção de vida, subjugada a servir àqueles considerados mais capazes.

Reduto das “bestas-feras” da atualidade, Israel concentra o maior número de reencarnantes de linhagem Reptiliana, decaída de orbe vizinho, antigo planeta onde habitavam essas criaturas. Não são seus descendentes diretos, contudo conservam em seu patrimônio genético os genes do instinto selvagem, herdados de cruzamentos longínquos com os Reptilianos. Sua semente de ódio espalhou-se na Terra, qual erva daninha que pequenina e frágil infiltra-se em toda parte, vicejando, nas mais inconvenientes rachaduras, como em cimento e em concreto. Foi para dobrar-lhes o coração endurecido que o Mestre Amado veio.

A concentração desses seres em território definido foi adiada por longos anos, porquanto haveria de se preparar a humanidade, antes que viesse a enfrentar a presença dos seres perversos e de coração endurecido. Sua reunião e convivência permanente em determinado território terminaria por criar ondas magnéticas que propiciariam a aberturas dos portais energéticos de acesso às terríveis criaturas, que se encontravam aprisionadas em outra dimensão, sem oportunidade de manifestação no plano físico.

P: Então já se sabia que quando eles se juntassem numa área dariam vazão à energia densa que, uma vez concentrada, abriria portais dimensionais negativos?

R: Sim. A negatividade decorre do primarismo das emoções dessas criaturas, cujos sentimentos, como os conhecemos, desenvolvidos e depurados pela evolução, inexistem. Prevalece, nos seus espíritos, o instinto primitivo e acurado desejo de posse, domínio e escravidão.

Sua índole assemelha-se à dos Reptilianos e, nesse ponto, liga-se a deles denotando profunda sintonia. Onde o orgulho e o egoísmo desenvolvem suas ramagens, o amor permanece embrionário, aguardando que a dor, adubo dos sentimentos elevados, facilite-lhe o germinar que ativa o dínamo da vida.

P: Mas, naturalmente, entre os judeus, há também pessoas boas, espíritos do bem?

R: Sem dúvida que há. Espíritos de boa índole há em toda parte, até mesmo, porque tendo o espírito originado-se da Centelha Divina, possui em seu âmago a semente do bem, muitas vezes ainda em estado de dormência.

Ocorre que, excessivamente dominados pelo instinto de posse e dominação, recusaram-se a aceitar a presença do Divino Jesus e Seu exemplo de simplicidade. Na Lição Amorosa de que se vai ao Pai, não pelo orgulho, e sim pela humildade, não pela riqueza, e sim pela caridade, não pela dominação, e sim pelo respeito compartilhado por irmãos, eles se recusaram a receber em seus corações o único Ser já existente na Terra capaz de tocar-lhes a intimidade da Chama Crística, despertando-a para a vida.

Em decorrência de sua recusa da Boa Nova do Cristo, a coletividade espiritual que atende hoje pela denominação de Povo Judeu, bem como a seita religiosa que os compraz, o Judaísmo, tornaram-se estacionários no caminho evolutivo e aguardam, até os dias de hoje, o acontecimento extraordinário que irá demonstrar-lhes a razão da existência.

Esperam em vão, atrasando também toda a humanidade terrestre, pois a Comunidade Judaica, como coletividade-célula do corpo dessa humanidade, agrega, há milênios, pesado e difícil carma em sua história evolutiva.

Ramatis, em 11/08/2006

02. Moisés e o Povo Hebreu

Libertado o povo das forças opressoras da escravidão faraônica, instalado num deserto sob fortes intempéries e múltiplas dificuldades, pouco tempo se passou para que seus instintos primários se manifestassem e, pudéssemos identificar-lhes as causas que os mantiveram escravizados por tantos séculos.

Muito demorei a reconhecer que o meu povo foi escravo de outro povo por absoluta necessidade de frenar-lhes a índole, indolente, indisciplinada e rebelde.

Libertei-os da opressão escravagista e ganharam com isso a oportunidade de darem vazão aos seus instintos.

Reconhecer tal fato hoje já não me afeta tanto quanto na época em que o descobri.

Observo esta humanidade que, assim como o meu povo de outrora, não aceita disciplina e obediência a nenhuma lei, inclusive às Leis Superiores e ao Código Moral do Evangelho de Jesus que, caso fosse seguido, poderia frear seus instintos e, paulatinamente, sob autodisciplina e sob a sombra do Mestre, sublimarem os sentimentos.

Irmãos, a índole grosseira dos seres, encarnados ou não, faz com que haja dispêndio excessivo de energias para direcioná-los no caminho do Bem. Mesmo os esforços de muitos Seres Superiores conseguem apenas resgatar algumas poucas almas. Mesmo o sacrifício máximo de Jesus não conseguiu transformar todos que ouviram seus Ensinamentos.

Cada criatura é responsável por seu atraso, ou ascese espiritual, e tanto mais culpada será, quanto maiores oportunidades desprezar.

Portanto, irmãos Seareiros do Bem, não vos desgasteis em demasia, por este ou aquele rebelde que tomba, ou não adere aos

Postulados Sublimes, mesmo que estejais às portas da Transição.

Deveis seguir trabalhando em nome do Cristo, aguardando que as transformações ocorram naqueles que nos seguem, porém, cada um no seu tempo.

Evolução não é imposição, e sim conquista da criatura.

As Lições de Jesus iluminam o caminho da ascensão espiritual; trilhar por ele é escolha individual e intransferível.

Grande contingente do meu povo ainda vagueia nos escombros do passado, sem enxergar o caminho iluminado ao seu alcance.

O Pai Amantíssimo sustenta a todos, amparando-lhes e conduzindo-lhes em suas escolhas.

Jesus, o Iluminado Mestre, ama a todos com Seu Amor

Infinito.

Moisés, em 26/05/2007

03. Povo Africano – A coletividade-célula da África

A coletividade-célula humana, destinada a romper os grilhões férreos dos crimes contra a vida, foi agrupada em torno do Território Africano. Ali, a egrégora continental reunia as condições primárias para receber a segunda etapa, o segundo ciclo de espíritos reencarnantes.

A primeira etapa destinou-se à constituição do ser humano, miscigenado entre espécies terrícolas e não terrícolas, posto que, em solo africano, deu-se o encontro de diferentes raças para as quais estava destinada a mistura gênica dos caracteres essenciais à futura humanidade terrena.

Forte carga de energismo vital foi produzida no espaço e liberada, sobre esse território, criando no astral o meio de propagação de fluidos que mais tarde serviriam de veículo para agregação de outro lote de espíritos, agora mais semelhantes à forma humana, porém ainda com forte magnetismo animal.

P: Mestre, é como se o continente africano fosse um berço espiritual destinado a depurar o energismo humano, desenvolvendo, mais, certos tipos de energia?

R: Apesar de ainda não conseguir elevar a mente às esferas mais altas, o exercício mediúnico vem permitindo o aumento da compreensão e o desenvolvimento da intuição. Fazendo os ajustes e correções convenientes, afirmo que o continente africano pode ser considerado verdadeiro berçário espiritual de onde partem emanações fluídicas criadoras que permitem a tonificação dos fluxos energéticos astrais que transitam pelos canais de energia humana, os chacras, desenvolvendo-os na mesma medida em que se faz necessário, pelo progresso e depuração da alma.

Enquanto passam fome, as crianças, os jovens e os adultos africanos liberam do chacra esplênico o violento caráter agressivo de suas almas e que, em outras oportunidades, representaram fator de crimes hediondos contra a humanidade.

Não queremos com isso defender a insana distribuição de rendas e alimentos que subjuga fracos e indefesos, lançando-os ao martírio da miséria e da fome. Apenas esclarecemos para vossas mentes ainda infantis e atrasadas, na compreensão da vida espiritual, que nenhum sofrimento atinge uma criatura sem que não tenha sido cuidadosamente estudado o intercâmbio das forças construtoras da alma e, sem que não tenham sido meticulosamente medidas as conseqüências da atuação dos instrumentos da dor no progresso das criaturas.

Quando compreenderdes a amplitude do amor de Deus, então começareis a perceber que nenhum dos seres existentes está ao desamparo e o que para vós sai da boca, como mera repetição mecânica de frases conjugadas à guisa de oração, não passa de vazio decorrente do desconhecimento de suas almas, ainda primárias no alcance do verdadeiro sentido da misericórdia Divina.

Vêem os africanos sofrendo e expurgando crimes hediondos do passado e, embora de suas vozes ecoem gritos e lamentos de dor, a sujeira expelida por suas mentes encontra teor de agressividade e violência reduzidos, em relação à outras coletividades-células, que em estágio anterior a essas, ainda destilam o veneno potentíssimo do orgulho elevado à fúria ensandecida.

A falta d´água, a escassez de alimento e a pobreza miserável das populações africanas são as portas abertas à prática da fraternidade caritativa que convida outras coletividades-células a se unirem em favor das criancinhas, mulheres e idosos, aparentemente desprotegidos e carentes de toda sorte de ajuda material.

Deve sensibilizar os seres humanos aquele estado de extrema penúria.

Deve despertar o sentimento de compaixão que anima a alma no exercício da caridade, elevando os espíritos acima do egoísmo profano, alçando-os como aprendizes das condições transformadoras que levam ao altruísmo sagrado.

Quisera vossa humanidade, através das linhas ditadas, alçasse a mente na compreensão do encadeamento sadio que há entre ocorrências temporárias e acontecimentos duradouros envolvendo as coletividades-células.

Muito se poderia progredir, poupando lágrimas e gritos desesperados. O mundo que viveis é o livro aberto da vida onde Deus escreve todas as coisas para vos instruir. Mas, qual analfabetos, ainda sois incapazes de decodificar o abecedário da vida espiritual e, assim permanecerão, enquanto o apelo material dominar em vós.

Muito conhecimento tem sido produzido sobre a Terra e ele, em geral, serve à perpetuação do ciclo da vida na matéria, que é transitório, enquanto o ciclo da vida espiritual permanece como conhecimento inaudito, restrito a pequenos círculos de iniciados, nem sempre fidedignos ao que lhes é lançado e, quase nunca, interessados na profundidade de seus conteúdos iniciáticos.

Contudo, apesar do analfabetismo humano, a Lei do Progresso não detém sua marcha, avançando, a despeito da negligência de sua humanidade assaz infantil, nas coisas do espírito. O preconceito predomina.

Quando pararem de encarar o sofrimento como seu adversário a ser enfrentado e decidirem aceitar que são apenas as conseqüências que decorrem das imperfeições trazidas na alma, então compreenderão que vosso maior adversário sois vós mesmos e, portanto, é a ele que deveis enfrentar e vencer.

Somente quando a batalha no campo moral das individualidades planetárias estiver vencida, as ligações sadias constituirão coletividades-células de igual saúde, higienizando-se por conseguinte, o (status) planetário e então o tônus vibratório do planeta poderá reverter-se, pelo esforço coletivo de amar e servir incondicionalmente, como ensinou o Rabi da Galiléia.

Enquanto não for possível o salto evolutivo pelo esforço e pelo trabalho, a dor se encarregará de efetuar os ajustes nas arestas pontiagudas de vossas almas ainda inferiores e imperfeitas, derramando sobre vós o bálsamo ainda incompreensível do choro.

Ramatis, em 08/09/2006

04. A Coletividade-Célula Ítalo-Romana

O estado romano, a despeito do que se pensa, congregou em sua constituição histórica espiritual, os espíritos cujos primarismos atendiam aos apelos da magia para alcançar seus propósitos apaixonados.

Espíritos que, com o passar dos séculos, investiram em conhecimentos profundos de alquimia, quiromancia, vodu e outras práticas de manipulação de forças ocultas, comprometendo seu destino a cada nova encarnação. Foram sendo agrupados na família espiritual que, posteriormente embalada pela mensagem do Cristo, haveria de receber como tarefa redentora a disseminação dos Preceitos Crísticos e a fundação da igreja libertadora.

Mas, o passado de erros e as paixões ainda pulsantes envolveram suas almas, distorcendo também a visão espiritual de longo alcance, subjugando essa coletividade à persistência nas práticas ilícitas, como meio de alcançar seus intentos de dominação, glória e riqueza.

Sabe-se que nas terras hoje destinadas aos italianos, concentram-se grande número das almas comprometidas com as práticas satanistas, nos porões de muitos templos erguidos à guisa de igrejas idôneas. Rezam-se missas negras, enquanto sacrificam vítimas em nome da Besta adorada por seus seguidores.

Também da “coletividade-célula” romana, partem os núcleos alimentadores dos inúmeros grupos humanos que, espalhados ao redor do mundo, repetem seus rituais funestos adorando a “Besta-Fera”.

Herdeira dos povos egípcios, uma ramificação assentou-se na Itália e lá permanece seguindo o roteiro de vida determinado pelo carma, engendrado nas práticas amaldiçoadas.

O derramamento de sangue nesse ponto do planeta foi, durante longos séculos, superior a outras partes do orbe, sendo erguidas no submundo do astral inferior, cidades portentosas de grande arsenal de forças destruidoras.

A sede do edifício destinada a iluminar vossa sociedade humana é representada pela Igreja, Casa do Cristo e foi, aos poucos, sendo depurada pelo planejamento constante do Alto, em enviar irmãos, cuja preparação visava desagregar no físico as energias deletérias acumuladas no astral.

Muitos falharam.

A Máfia italiana, organizada em verdadeiras famílias de espíritos violentos e perturbadores da ordem, representou recurso salvacionista onde o derramamento de sangue não seria aquele decorrente dos macabros rituais satânicos, muito embora, esses ainda persistam até os dias de hoje. Contudo, é infinitamente reduzido o número de casos, comparado com o das ocorrências passadas.

A violência extremada dos mafiosos animalizados pelos rancores da alma representou a transição necessária entre o mago de ontem e o homem de sentimentos inferiores de hoje.

O mago negro do plano astral passou a ser o homem comum reencarnado com violenta carga de negatividade, acumulada nos séculos de práticas de magia.

Por tudo quanto vos expomos, a enegrecida nuvem que paira sobre a coletividade-célula ítalo-romana, paira como funesto presságio de que, somente a chuva torrencial de energias destruidoras sobre aquele agrupamento humano fará drenar impurezas até a limpeza total os espíritos ali reunidos.

Se são difíceis os trabalhos de limpeza do astral em outras regiões do orbe, naquela localidade o acesso é restrito e fortemente controlado pela espiritualidade, pois somente trabalhadores credenciados podem suportar o peso das torpezas condensadas no campo astral da Pátria da Igreja.

Como nenhum lugar encontra-se abandonado pelas Forças do Bem, também ali se encontram Irmãos Superiores, Extra e Intraterrestres, Instrutores credenciados e Trabalhadores treinados que vêm procurando dali retirar aqueles seres em condições de serem ajudados. Eles assessoram também os Representantes Oficiais da Igreja Católica, procurando afastá-los, o quanto possam, da influência do “Bode Maligno”, aproximando-os da simplicidade e amorosidade das palavras do Cristo.

Cada qual, no entanto, é detentor do livre arbítrio e, sendo assim, livre para escolher seu caminho. Esperemos que a densa nuvem negra possa dissipar-se, deixando atravessar os portais energéticos humanos, a Luz que cura, restaura e promove os espíritos humanos.

Ramatis, em 29/09/2006

05. O Perdão e o Amor não mais existem

Muçulmanos, Judeus e Cristãos são o reverso de uma mesma moeda.

Fixaram suas mentes em ideais radicais e fanáticos que não permitem seus espíritos libertarem-se das rodas das encarnações dolorosas.

O apanágio da dor já não os desperta, pois, como se encontram anestesiados, pensam que a Divindade se vinga, ou vingam-se pela Divindade.

Não permitem o acesso de livres ideais de perdão e amor.

Dogmas, fanatismos e submissão religiosa. O perdão e o amor não mais penetram nos corações impermeabilizados pelo preconceito religioso. Cada criatura encontra-se mergulhada no seu mundo sectarista, contribuindo para o atraso da humanidade e responsável, mais uma vez, pela queda e exílio. As profecias confirmam-se e o apagar das luzes é doloroso e cruel. A Terra, nave condutora do destino desta humanidade, encontra-se sem comando, segundo a visão deturpada de muitos, pois romperam os grilhões do equilíbrio e do bom senso e deram vazão incondicional aos instintos primitivos e primários que há séculos já deveriam ter dominado. Atormentados pelas culpas ou pela indecisão, mantém-se esses irmãos em nível vibratório de baixa freqüência, como esquerdistas do Cristo.

Nem Alah, nem Maomé, nem os Profetas ou os Santos, apenas Jesus, Simples e Humilde, é o Caminho de Luz e Progresso.

Somente Ele é Caminho, Verdade e Vida.

Arimatéia, em 13/04/2007

06. Arrastam suas imperfeições de um planeta a outro!

A imperfeição humana, não é desculpa para tantos atos insanos e tanta falta de amor entre as criaturas.

Instituir poder e domínio sobre outros indivíduos é o ideal de gênios intelectuais que queimam seus fosfatos, vida após vida, no aperfeiçoamento das tiranias. Quando a Lei Maior, sob o guante da dor, cobra-lhes o tributo do respeito e do amor que negaram a seus semelhantes, as imperfeições humanas que justificam os erros são transformadas em “erros do Criador”, quando do planejamento da vida de seus filhos.

Somente através da dor sentida na própria carne, de todo sofrimento impingido a outrem, é que as imperfeições humanas tornam-se virtudes.

As imperfeições e desvios da alma imortal, acumulados por milênios, impedem a transformação da humanidade para uma graduação evolutiva melhor.

Os ódios arrastam-se de um planeta para outro, de um ciclo planetário a outro, e transportarão, mais uma vez, para outro orbe, em novo exílio, coletividades inteiras, em deprimente atraso espiritual.

As raízes da dor humana estão em sua alma transviada e não será na matéria que ela encontrará o remédio e a solução definitiva que lhe cure.

Hebreus, Sunitas, Muçulmanos, Xiitas, Maometanos, não importa a designação adotada, os espíritos milenares arraigados em ódios e vinganças, atravessam as barreiras do tempo e do universo e engalfinham-se numa torrente interminável de ódio.

É a manifestação de seus espíritos ainda primitivos.

Não são capazes de decifrar as lições de amor dos Avatares, que dizem seguir com o fanatismo selvagem de almas violentas e descontroladas, imantadas umas às outras pelas vibrações inferiores que lhes constituem os sentimentos íntimos.

Poucos deles, quando distanciados da turba, conseguem avançar.

Agem como uma “alma-grupo”, apesar de possuírem individualidade e livre arbítrio.

Arrastam suas imperfeições de um planeta a outro, buscando-se nas noites das eras, sequiosos por confrontarem-se até o extermínio, se assim fosse permitido. Almas antagônicas que deverão ser separadas para conseguirem progredir.

Cegos pelo fanatismo, distorcem as mensagens do mais “puro amor” lançadas do Alto, em seu seio, para transformá-las em contendas de ódio, violência e morte.

A vingança eterna lhes domina o ser. O ódio os alimenta e sustenta. Suas mentes obtusas não divisam um mundo em harmonia de ideais superiores e com raças diferentes convivendo em paz e equilíbrio. Somente enxergam a si mesmos e suas lutas lhes dominam as vidas.

Os choques psíquicos da violência não lhes despertam a alma.

Somente desperta mais ódio e desejo de vingarem-se.

Quando renascem em outras raças, sentem-se como estranhos e isolam-se. Poucos conseguem absorver novas culturas e novos conhecimentos e abster-se do ódio.

Arrastam-se, vida após vida, na busca do “Paraíso”, do “Canaã perdido”, do “Eldorado”, atravessando desertos de ódio e sangue, sem despirem-se dos sentimentos torpes, que os impedem de alcançar a “Cidade da Paz”.

Alimentam a Besta e seu habitat, criando novos elos negros com as sombras.

Não desejam dominar o mundo, desejam apenas exterminar-se, na ilusão vã de encontrar o “Tesouro de Alah”.

Opressores e oprimidos revezaram-se nas diversas vidas na matéria e chegam ao final de mais um ciclo planetário, arrastando os mesmos sentimentos que lhes provocaram o exílio e que, mais uma vez, lhes será “motivo de escândalo”, obrigando-os novamente a mudarem da Casa Planetária, para exílio tormentoso.

Suas mentes estão cristalizadas no ódio de tal forma que os grandiosos ensinamentos libertadores do Cristo e de Seus Apóstolos não chegaram a seu conhecimento e, mesmo que chegassem, seriam renegados, ignorados.

Almas ignatas, sua sorte está lançada e um planeta no espaço os aguarda.

Ramatis, em 02/03/2007